CAMPO TÉCNICO

[001] O seguinte relatório descritivo para modelo de utilidade se refere ao desenvolvimento de corrediças para móveis fabricadas a partir de plásticos reciclados, compreendendo uma peça tipo calha em formato de “[” fixada por intermédio de pinos de pressão, de modo a dispensar o emprego de parafusos, onde as peças deslizam uma sobre a outra dispensando o uso de rolamentos e rodízios, além de peças de união para partes de móveis, que serão injetadas em polímeros recicláveis, compreendendo conectores do tipo macho e fêmea, onde ditos conectores são fixados nos móveis por meio de cavilhas plásticas existentes nos próprios conectores, dispensando o uso de outro tipo de fixador.

ESTADO DA TÉCNICA

[002] As corrediças para móveis são trilhos que permitem o deslizamento suave das gavetas e outras partes de um móvel.

[003] Estas corrediças podem ser telescópicas com movimentação por meio de rolamentos ou serem deslizantes através de rodízios.

[004] As corrediças telescópicas são fabricadas em metal para garantir maior resistência ao produto e permitir que se consiga deslocar a gaveta quase que integralmente para fora da cavidade do móvel.

[005] Também, existem as corrediças fabricadas em polímeros que permitem o deslizamento das partes com suavidade, sem empregar os rolamentos ou rodízios.

[006] Um exemplo de corrediça plástica para gavetas é descrito no MU8402127-6, que revela uma corrediça desenvolvida em polímero plástico (polipropileno), resistente, sem roldanas e com batente fim de curso de abertura aplicado em gaveta de móvel. Pode ser encaixada na canaleta da gaveta, com um parafuso servindo de guia. A gaveta poderá ser retirada somente após extrair o parafuso. Pode ser fixada sem a canaleta, usando assim um parafuso fixado no topo inferior da lateral da gaveta que servirá de guia deslizando até o final da corrediça parando no fim de curso. A gaveta pode ser retirada inclinando-a e puxando-a.

[007] O emprego de peças para fazer a união de partes de móveis é usual da arte.

[008] Normalmente, essas peças permitem a união de placas ortogonalmente entre si, empregando parafusos para mantê-las junto.

[009] Um exemplo disto é descrito no BR202018015158-0 que revela uma cantoneira inteligente paro fixação de móveis, constituída por uma peça macho e uma peça fêmea que devem ser fixadas com quatro parafusos autoatarrachantes nas partes do móvel; ambas as peças são providas de um parafuso central de fixação; as peças deverão ser encaixadas e fixadas através deste parafuso central paro unir as partes do móvel; a grande vantagem é que a desmontagem do móvel se torna extremamente fácil, sendo preciso apenas soltar o parafuso central que prendem as peças macho e fêmea, garantindo que a montagem do móvel seja perfeita ao encaixar as peças e fixando apenas o parafuso central.

[010] Um sistema paro montagem de móveis que emprega encaixes macho e fêmea deslizantes, é previsto no P 10901250-8, onde a montagem dos móveis foi baseada em encaixes do tipo "rabo de andorinha", sendo que esses encaixes são longos, cobrindo quase toda a extensão da parte que se deseja prender; onde as partes que devem ser unidas são encaixadas umas nas outros pelo ganzepe, desde o início até o final, podendo receber um meio de fixação apenas paro evitar que as peças se desloquem para foro do encaixe. Compreende um encaixe fêmea em ganzepe, realizado em toda a extensão de uma parte de um móvel, um encaixe macho, também em ganzepe, realizado em toda a extensão de outro parte de um móvel, cujo objetivo desses dois encaixes é fazer a junção das duas partes, onde foram aplicados.

[011] Um dispositivo paro fixação de objetos tipo macho fêmea é descrito no PI9802787-5, compreendido por se constituir de um dispositivo paro fixação de objetos, composto de um macho e uma fêmea e eficiência, por ter um formato ímpar e tamanho reduzido propicia sua fixação aos mais variados locais, como: cadeiras normais e de praia, guarda-sol, móveis em geral, interior de veículos, máquinas e equipamentos, paredes etc. A finalidade deste dispositivo para fixação de objetos é possibilitar a conexão ou fixação de objetos a outros objetos ou locais de uma forma prática e segura, ocupando o mínimo de espaço, tanto do objeto a ser fixado quando do local que este será fixado.

PROBLEMAS DA TÉCNICA

[012] As corrediças feitas em polímeros empregam matéria prima virgem que pode ser de polipropileno ou algum tipo de plástico de engenharia. Este tipo de produto derivado do petróleo causa grande impacto ambiental, principalmente devido ao seu descarte incorreto.

[013] A utilização de material reciclado na confecção de produtos é uma tendência que se verifica em todos os campos da industrial, buscado reduzir, reutilizar e reciclar o material.

[014] Peças de união para móveis são presas nas partes de madeira, MDF, compensado etc., por meio de parafusos ou encaixes. Depois que estas peças são fixadas nas partes do móvel que se deseja unir, por meio de cavilhas, parafusos ou outro dispositivo de fixação, as peças de união são parafusadas. [015] Os encaixes tipo macho e fêmea são, usualmente, feitos nas partes de madeira, para depois estas partes serem montadas. Similar ao que acontece em gavetas de madeira, onde se empregou o entalhe do tipo ganzepe.

[016] O problema dos encaixes feitos na madeira é que se deve usinar as partes que se deseja produzir o encaixe. Em móveis que são fabricados em MDF, por exemplo, esse encaixe de ranhura e lingueta não é fácil de ser montado, pois o material não é muito resistente ao atrito.

SOLUÇÃO PROPOSTA

[017] Assim, devido às considerações pertinentes aos problemas da técnica, é um dos objetivos do presente modelo de utilidade ora proposto, produzir corrediças plásticas feitas a partir de material reciclado, objetivando a reciclar o material descartado para a confecção de produtos novos. [018] A corrediça proposta é presa no móvel por meio de fixadores de pressão, dispensando, deste modo, os tradicionais parafusos.

[019] Outro objetivo do presente modelo de utilidade ora proposto, é descrever um aperfeiçoamento em peças de união para móveis, que serão fabricadas em polímeros recicláveis, onde foram criadas pelas macho e fêmea que são encaixadas entre si, de modo a possibilitar o encaixe rápido destas duas peças. [020] O encaixe do tipo ganzepe é realizado nas peças plásticas e estas são presas nas partes que se deseja unir. Como são empregadas peças dotadas de cavilhas, fica simples prendê-las no móvel e encaixar a peça macho na peça fêmea por deslizamento.

DESCRIÇÃO

[021] A caracterização do presente modelo de utilidade é feita por meio de desenhos representativos da disposição construtiva aplicada em corrediça e em peças de união para móveis, de tal modo que produto possa ser integralmente reproduzido por técnica adequada, permitindo plena caracterização da funcionalidade do objeto pleiteado.

[022] A partir das Figuras elaboradas que expressam a forma preferencial de se realizar o produto ora idealizado, se fundamenta a parte descritiva do relatório, através de uma numeração detalhada e consecutiva, onde ela esclarece aspectos que possam ficar subentendidos pela representação adotada, de modo a determinar claramente a proteção ora pretendida.

[023] Estas Figuras são meramente ilustrativas, podendo apresentar variações, desde que não fujam do inicialmente pleiteado.

[024] Neste caso se tem que:

[025] A Figura 1 , mostra uma perspectiva da corrediça com ênfase à sua vista frontal e outra perspectiva da corrediça com ênfase à sua vista posterior.

[026] A Figura 2, mostra as vistas ortogonais da corrediça e as seções C-C e D-D.

[027] A Figura 3, mostra perspectivas da presilha horizontal fêmea e da presilha vertical macho, sendo aplicadas em duas peças planas. [028] A Figura 4, mostra uma perspectiva do encaixe descrito na Figura 3, mas com as peças já unidas.

[029] A Figura 5, mostra uma perspectiva da presilha horizontal macho e da presilha vertical fêmea.

[030] A Figura 6, mostra uma perspectiva do encaixe descrito na Figura 5, mas com as peças já unidas.

[031] A Figura 7, mostra vistas ortogonais da presilha horizontal fêmea.

[032] A Figura 8, mostra vistas ortogonais da presilha horizontal fêmea.

[033] A Figura 9, mostra vistas ortogonais da presilha vertical fêmea.

[034] A Figura 10, mostra vistas ortogonais da presilha vertical macho.

[035] A corrediça proposta é fabricada em polímero a partir de material reciclado, conformado no formato de uma calha tipo “[” (1y) contendo uma pluralidade de orifícios (2y) com borda rebaixada (3y) dispostos na superfície interna dela (4y), contendo na parte posterior (5y) um conjunto de nervuras (6y) e bordas salientes (7y) formando um friso que delimita o perímetro da peça.

[036] Como a corrediça (1y) tem os rebaixos (3y) dos pinos de fixação por pressão, a superfície interna (4y) é lisa e permite o deslizamento da gaveta, ou outra parte do móvel, sem obstrução. Como o deslizamento é feito sobre material plástico, dispensa o uso de rolamentos e rodízios.

[037] Também, como o material de confecção da corrediça é constituído a partir de matérias-primas recicladas, os benefícios são importantes, desde a diminuição do custo de fabricação das peças, até a redução ou mesmo eliminação do emprego de material virgem.

[038] A disposição construtiva emprega uma presilha horizontal fêmea (1z), uma presilha vertical macho (2z), presilha vertical fêmea (3z) e presilha horizontal macho (4z).

[039] A presilha horizontal fêmea (1 z) se constitui em uma peça dotada de uma fenda ou ranhura (5z), contendo pinos (6z) tipo cavilha para fixação sob pressão nas furações (7z) existentes na parte (8z), enquanto a presilha vertical macho (2z) também apresenta os pinos tipo cavilha (9z) para fixação sob pressão nas furações (10z) existentes na parte (11z), sendo dita presilha vertical macho (2z) dotada de lingueta (13z) para encaixar por deslizamento na ranhura (5z).

[040] Por sua vez, a presilha vertical fêmea (3z) também se constitui em uma peça dotada de ranhura (14z), contendo pinos (15z) tipo cavilha para fixação sob pressão nas furações (16z) existentes na parte (17z), enquanto presilha horizontal macho (4z) também apresenta os pinos tipo cavilha (18z) para fixação sob pressão nas furações (19z) existentes na parte (20z), sendo dita presilha horizontal macho (4z) dotada de lingueta (21 z) para encaixar por deslizamento na ranhura (14z).

[041] A presilha horizontal fêmea (1z), a presilha vertical macho (2z), a presilha vertical fêmea (3z) e presilha horizontal macho (4z) são fabricadas com matérias-primas feitas a partir de plásticos reciclados.