PROCESSO DE CONFECÇÃO DE ARTEFATOS DE ADORNO UTILIZANDO CORDAS

RECICLADAS DE RAQUETES DE TÉNIS

Campo da inovaçõo

[001] A presente invenção trata de processo de confecção de artefatos, mais especificamente de um processo de confecção de objetos de adorno a partir de materiais reciclados, especificamente um processo de confecção de artefatos de adorno a partir de cordas recicladas de raquetes de ténis. Histórico da inovação

[002] A confecção de objetos de adorno tornou-se uma arte, demandando anos de prática para desenvolver as habilidades necessárias ao domínio das ferramentas a fim de produzir algo com estética aceitável e com um padrão de qualidade.

[003] O diferencial deste tipo de produto é sempre a "marca", seu nome, que empresta ao artigo a aura de algo único, diferenciado, conferindo ao comprador a sensação de algo personalizado e exclusivo.

[004] Ao associar a confecção exclusiva com uma fonte de matéria-prima diferenciada, cria-se um produto cujo significado transcende seu uso ou sua aparência, alcançando um valor adicional, relacionado ao que representa para a sociedade.

[005] A utilização de cordas recicladas de raquetes de ténis de jogadores famosos, criando artigos que possam ser relacionados a causas específicas, como o apoio a iniciativas sociais ou populares, ou terem um significado meramente comercial, representa um avanço significativo neste campo de atuação, possibilitando relacionar o nome de cada atleta com valores, causas ou ações beneméritas que representem suas vocações, crenças e seus valores como cidadão, sem, obviamente, descartar o valor comercial inerente ao produto.

[006] Neste cenário é que se desenvolveu a solução da inovação aqui apresentada, um processo de confecção de artefatos de adorno a partir da reutilização das cordas que são descartadas pelos atletas e que não teriam mais serventia.

Estado da técnica

[007] Embora já se conheçam processos similares de reaproveitamento de materiais sintéticos, especialmente polímeros, nada se observa de similar à inovação aqui proposta, que concilie o reaproveitamento de materiais sintéticos com a geração de bijuterias e joalherias com adornos de prata ou ouro personalizadas e associadas a um nome ou marca em particular. Descrição detalhada da inovação

[008] A presente inovação trata de um processo de reaproveitamento de materiais sintéticos, notadamente cordas de raquetes de tênis, para a confecção de artefatos para uso pessoal, tais como bijuterias e joalherias.

[009] No caso em questão, tais produtos se traduzem em colares ou pulseiras, cujas contas ou miçangas são confeccionadas a partir das cordas de raquete de tênis recicladas, que são descartadas pelos jogadores.

[010] Tais cordas são confeccionadas de fibras sintéticas de diferentes colorações e composições, conferindo aspectos distintos de acordo com o fabricante. Uma vez descartadas, são coletadas e tratadas de modo a obter- se um tamanho padronizado, passível de uso na confecção das miçangas.

[011] Para que possam ser personalizadas, as cordas obtidas passam por um beneficiamento, podendo incluir a adição de corantes, de modo que possam adquirir o aspecto desejado, de acordo com o cliente ou público alvo a ser atendido.

[012] Uma vez tratadas, as cordas são aquecidas até o ponto de maleabilidade desejado para o manuseio, formando uma massa com o polímero das cordas que pode ser moldada em um molde para confeccionar as miçangas.

[013] Em uma configuração preferencial, de processo manual, o dito molde é do tipo "cubo", provido de uma série de reentrâncias de diferentes tamanhos. A massa então formada é capturada na ponta de uma haste apropriada para o manuseio da massa, conformando-a no molde até o formato desejado, o mais próximo possível de uma esfera, dotada de um canal interior que passa pelo centro da esfera, formando a miçanga.

[014] Em um processo automatizado, a massa de polímero é moldada de acordo com os parâmetros de confecção do maquinário.

[015] As miçangas formadas são então unidas entre si por um fio que passa pelo canal central, atando-as de modo a formar uma sequência de miçangas como uma corrente.

[016] Em cada extremidade da corrente, atam-se elementos de fixação em prata ou ouro, tais como fechos, que permitem formar um colar que pode ser fechado por meio dos ditos fechos.

[017] Como parte da personalização da peça, um elemento distintivo, preferencialmente de metal nobre, é alocado entre as miçangas ou peças fundidas, permitindo a distinção da peça de forma a associá-la a uma personalidade específica do mundo esportivo, como o jogador que forneceu as cordas utilizadas na confecção, uma entidade associada a uma causa determinada ou mesmo uma logomarca qualquer.

[018] Esta inovação não se limita às representações aqui comentadas ou ilustradas, devendo ser compreendida em seu amplo escopo. Muitas modificações e outras representações do invento virão à mente daquele versado na técnica à qual essa inovação pertence, tendo o benefício do ensinamento apresentado nas descrições anteriores e desenhos anexos. Além disso, é para ser entendido que o invento não está limitado à forma específica revelada, e que modificações e outras formas são entendidas como inclusas dentro do escopo das reivindicações anexas. Embora termos específicos sejam empregados aqui, eles são usados somente de forma genérica e descritiva e não como propósito de limitação.