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Title:
TRUNCATED CHIMERIC INSECTICIDAL PROTEINS
Document Type and Number:
WIPO Patent Application WO/2024/092330
Kind Code:
A1
Abstract:
The present invention relates to nucleotide sequences that encode new truncated chimeric insecticidal proteins that exhibit inhibitory activity on lepidopterans. Particular embodiments provide compositions and plants, parts of parts, and transformed seeds containing recombinant nucleic acid molecules that encode one or more of the chimeric insecticidal proteins.

Inventors:
PORTILHO CARNEIRO NEWTON (BR)
ALMEIDA CARNEIRO ANDRÉA (BR)
HERCOS VALICENTE FERNANDO (BR)
MARTINS MENDES SIMONE (BR)
DE CASSIA ALVES MEIRE (BR)
DE ALMEIDA BARROS BEATRIZ (BR)
NETTO PARENTONI SIDNEY (BR)
GOMES DE PAULA LANA UBIRACI (BR)
Application Number:
PCT/BR2023/050357
Publication Date:
May 10, 2024
Filing Date:
October 19, 2023
Export Citation:
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Assignee:
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUARIA EMBRAPA (BR)
International Classes:
C07K14/325; A01H6/00; A01N63/23; C12N1/21; C12N15/32; C12N15/82; C12N15/63; C12R1/07
Attorney, Agent or Firm:
DANNEMANN, SIEMSEN, BIGLER & IPANEMA MOREIRA (300 Barra da Tijuca, 22.620-350 Rio de Janeiro – RJ, BR)
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Claims:
REIVINDICAÇÕES 1. Proteína inseticida quimérica truncada compreendendo: (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. 2. Proteína inseticida quimérica truncada compreendendo uma sequência de aminoácidos que é pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 1; pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 2, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 3; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 4; pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 5; pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 6; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 7; pelo menos 77% idêntica a SEQ ID NO: 8; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 9; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 10; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 11; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 12; pelo menos 92% idêntica a SEQ ID NO: 13; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 14; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 15; pelo menos 88% idêntica a SEQ ID NO: 16; pelo menos, 97% idêntica a SEQ ID NO: 17; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO:18; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 19; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 20; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 21; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 22; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO:23; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO:24; pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 25; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 26; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 27, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 28, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 29, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 30, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 31, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 34, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 35, pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 36, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 37, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 38, pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 39, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 40, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 41, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 42, pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 43, pelo menos 70% idêntica a SEQ ID NO: 44, pelo menos 75% idêntica a SEQ ID NO: 45, pelo menos 73% idêntica a SEQ ID NO: 46, pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 47, ou pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 48. 3. Proteína inseticida quimérica truncada, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que a proteína inseticida apresenta atividade inibidora contra uma espécie de inseto da ordem Lepidoptera. 4. Proteína inseticida quimérica truncada, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, compreendendo a sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48. 5. Molécula de ácido nucleico recombinante, em que a molécula de ácido nucleico recombinante codifica uma proteína inseticida quimérica truncada como definida na reivindicação 1 ou 2. 6. Molécula de ácido nucleico recombinante de acordo com a reivindicação 5, em que a molécula de ácido nucleico recombinante compreende um promotor funcional em planta operacionalmente ligado à sequência codificante da proteína inseticida quimérica truncada.

7. Molécula de ácido nucleico recombinante de acordo com a reivindicação 5, em que a molécula de ácido nucleico recombinante compreende uma sequência de nucleotídeos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, em que o polinucleotídeo carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi- terminal. 8. Célula hospedeira compreendendo uma molécula de ácido nucleico da reivindicação 5. 9. Composição inibidora de inseto compreendendo uma proteína inseticida quimérica truncada da reivindicação 1, uma molécula de ácido nucleico recombinante da reivindicação 5 ou célula da reivindicação 7. 10. Genoma de planta compreendendo uma molécula de ácido nucleico da reivindicação 5. 11. Planta ou semente de planta compreendendo uma proteína inseticida quimérica truncada como definida na reivindicação 1 ou molécula de ácido nucleico da reivindicação 5. 12. Planta ou semente de planta de acordo com a reivindicação 11, em que a planta é uma planta de acelga, agrião, alface, alfafa, algodão, almeirão, alstroemeria, amendoim, arroz, aveia, batata, boca de leão, braquiária, brócolis, café, cana-de-açúcar, capim, cenoura, centeio, cevada, chicória, coco, couve, couve-flor, crisântemo, espatifilo, espinafre, estévia, feijão, fumo, gérbera, gipsofila, lisianthus, mamona, mandioca, maracujá, milheto, milho, mostarda, pastagens, pimenta, pimentão, repolho, rosa, rúcula, seringueira, soja, sorgo, tomate, trigo, triticale, frutas e hortaliças. 13. Método para controlar uma praga de lepidópteros compreendendo colocar a praga de lepidóptero em contato com uma quantidade inibidora de uma proteína inseticida quimérica truncada da reivindicação 1. 14. Método de controle de uma praga de lepidópteros compreendendo expor a praga a uma célula de planta transgênica, planta ou parte de planta, em que a referida célula de planta, planta ou parte de planta expressa uma molécula de ácido nucleico recombinante da reivindicação 5. 15. Produto vegetal, caracterizado pelo fato que compreende uma quantidade detectável de uma proteína inseticida quimérica da reivindicação 1 ou 2, uma molécula de ácido nucleico recombinante da reivindicação 5 ou célula da reivindicação 8. 16. Uso de uma célula de planta, planta, parte de planta ou semente expressando uma proteína inseticida quimérica truncada da reivindicação 1 ou 2, compreendendo a molécula de ácido nucleico como definida na reivindicação 5, caracterizado de ser para o seu cruzamento com uma segunda planta, regeneração de uma planta transgênica, plantio ou crescimento de um campo de plantas transgênicas, produção de produtos de plantas ou produção um produto de bem de consumo.

Description:
"PROTEÍNAS INSETICIDAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS". CAMPO DA INVENÇÃO [001] A invenção se refere, em geral, ao campo de proteínas inibidoras de insetos úteis na agricultura. O presente pedido de patente ensina uma nova classe de proteínas inseticidas quiméricas que exibem atividade inibidora contra pragas de insetos relevantes para a agricultura de plantas e sementes cultivadas. Em particular, o presente pedido de patente ensina uma classe de proteínas com atividade inseticida contra a ordem Lepidoptera de pragas de insetos. São ensinadas ainda plantas, partes de plantas e sementes que contém uma molécula de ácido nucleico recombinante que codifica uma ou mais das proteínas inseticidas. ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [002] Há uma necessidade crescente por aprimoramento da produtividade das culturas de plantas agricolamente significativas, incluindo, entre outros, algodão, soja, milho, cana-de-açúcar, arroz e trigo. Além da demanda crescente de produtos agrícolas para alimentação, vestimenta e fornecimento de energia para uma população humana crescente, efeitos relacionados ao clima e crescente pressão da população pelo uso da terra para outros propósitos além das práticas agrícolas tendem a reduzir a quantidade de terra disponível para a agricultura. Estes efeitos geram maior demanda por produtividade e eficiência de culturas agrícolas. Tendo em vista a demanda crescente, técnicas agrícolas de gerenciamento e controle de pragas são ferramentas vitais para aumentar a produção por unidade de terra disponível para a agricultura. [003] Insetos, particularmente insetos dentro da ordem Lepidoptera, são uma das principais causas de danos a culturas agrícolas, diminuindo o rendimento das culturas infestadas. Espécies de praga de Lepidópteros que impactam negativamente a agricultura incluem, por exemplo, Agrotis ipsilon, Agrotis subterranea, Agrotis orthogonia, Alabama argillacea, Anticarsia gemmatalis, Amyelois transitella, Archips argyrospila, Archips rosana, Chilo suppressalis, Chrysodeixis includens, Cnaphalocrocis medinalis, Crambus caliginosellus, Crambus teterrellus, Cydia pomonella, Diatraea saccharalis, Diatraea grandiosella, Earias vitela, Earias insulana, Earias vittella, Elasmopalpus lignosellus, Endopiza viteana, Grapholita molesta, Helicoverpa armigera, Helicoverpa gelotopeon, Helicoperva zea, Heliothis virescens, Herpetogramma licarsisalis, Homoeosoma electellum, Hypena scabra, Lobesia botrana, Lymantria dispar, Mamestra configurata, Ostrinia nubilalis, Pectinophora gossypiella, Pieris brassicae, Pieris rapae, Phyllocnistis citrella, Plutella xylostella, Pseudaletia unipuncta, Rachiplusia nu, Sesamia inferens, Spodoptera cosmioides, Spodoptera exigua, Spodoptera eridania, Spodoptera frugiperda, Spodoptera litura, Suleima helianthana, Trichoplusia ni, e Tuta absoluta. [004] Inseticidas químicos sintéticos foram historicamente utilizados no controle de pragas de insetos na agricultura. Contudo, preocupações com o meio ambiente e a saúde humana, além de problemas de resistência emergentes, estimulou a pesquisa e o desenvolvimento de pesticidas biológicos. Este esforço de pesquisa resultou na constatação e no uso progressivos de várias espécies microbianas entomopatogênicas, especialmente bactérias do gênero Bacillus. [005] O paradigma de controle biológico foi alterado quando o potencial de bactérias entomopatogênicas, especialmente, bactérias pertencentes ao gênero Bacillus foi revelado. A identificação do potencial entomopatogênico de diversas cepas de bactérias do Bacillus, em especial Bacillus thuringiensis (Bt), representou uma grande evolução nas técnicas de controle de pragas de insetos. Uma grande família de proteínas com alta toxicidade contra insetos específicos foi identificada em diversas cepas da bactéria Bt. Dentre outras, foram identificadas delta-endotoxinas que são localizadas dentro de corpos de inclusão cristalinos parasporais no estabelecimento da esporulação e durante a fase de crescimento estacionária (por exemplo, proteínas Cry), bem como proteínas inseticidas secretadas. As proteínas inseticidas de Bt exercem seus efeitos na superfície do epitélio do intestino médio dos insetos após a ingestão rompendo a membrana celular, levando a ruptura de célula e morte. [006] As proteínas inseticidas secretadas e cristalinas de Bt são altamente específicas para seus hospedeiros e foram mundialmente reconhecidas e aceitas como alternativas importantes aos inseticidas químicos. Por exemplo, as proteínas inseticidas são empregadas em diversas culturas agrícolas para proteger plantas de cultura contra infestações de insetos, diminuir a necessidade de aplicação de pesticidas químicos e aumentar a produtividade. Proteínas inseticidas de Bt são usadas para controlar pragas agricolamente relevantes de plantas de cultura por meio de aplicação de composições agrícolas microbianas sobre as plantas e usando técnicas de transformação genética para obtenção de plantas e sementes transgênicas que expressam a proteína inseticida. [007] O uso global de culturas de plantas transgênicas resistentes a insetos e o número limitado de proteínas inseticidas usadas nestas culturas criaram uma pressão de seleção para os alelos de resistência de insetos às proteínas inseticidas usadas atualmente. [008] O desenvolvimento de resistência a proteínas inseticidas em pragas-alvo gera uma demanda contínua pela identificação e desenvolvimento de novas proteínas que controlem essas populações de insetos resistentes. Novas proteínas inseticidas com eficácia aprimorada e que apresentam espectro de atividade alternativo de espécies de insetos são importantes no controle de insetos resistentes. Além disso, o uso de duas ou mais proteínas inseticidas em uma mesma planta transgênica com modos de ação diferentes para a mesma praga de insetos, reduz a probabilidade de resistência em qualquer espécie de inseto-alvo. [009] Consequentemente, existe uma demanda constante pela identificação de novas proteínas com propriedades inseticidas aprimoradas, tais como eficácia, atividade contra mais de uma espécie de pragas de inseto e modos de ação diferentes em comparação às toxinas usadas atualmente em práticas agrícolas. [0010] Para satisfazer esta demanda, a presente invenção descreve novas proteínas inseticidas quiméricas Cry que exibem atividade contra espécies importantes de pragas de insetos. [0011] Um sistema de nomenclatura de proteínas Cry pela similaridade de aminoácidos foi originalmente proposto por Crickmore, N., et al., 1998. Revision of the nomenclature for the Bacillus thuringiensis pesticidal crystal proteins. Microbiol. Mol. Biol. Rev. 62, 807–813) e atualizado por Crickmore, N., et al., 2021. A structure-based nomenclature for Bacillus thuringiensis and other bacteria-derived pesticidal proteins. Journal of Invertebrate Pathology Vol.186, (107438). [0012] Na classificação mais recente, a classe de proteínas Cry representa proteínas originalmente isoladas de cristais de B. thuringiensis cuja forma precursora consiste em duas metades de tamanhos próximos: uma porção ativa amino-terminal subdividida em três domínios com base no alinhamento de sequências conservadas ou substancialmente conservadas e uma porção carboxi-terminal conhecida por estabilizar a formação de cristais e não apresentar atividade inseticida. O domínio I da porção ativa amino-terminal compreende cerca do primeiro terço do segmento de toxina ativa e tem sido demonstrado como essencial para a formação de canais. Os domínios II e III da porção ativa amino-terminal têm, ambos, sido implicados na ligação a um receptor e especificidade de espécie de inseto, dependendo do inseto e da proteína inseticida a ser examinada. [0013] A probabilidade de criar arbitrariamente uma proteína quimérica com propriedades melhoradas da variedade das estruturas de domínio das numerosas proteínas inseticidas nativas conhecidas na técnica é remota. Este é um resultado da natureza complexa e imprevisível da estrutura proteica, oligomerização e ativação (incluindo processamento proteolítico correto do precursor quimérico, se expressado de tal forma) necessárias para liberar um segmento de proteína inseticida. A criação de toxinas inseticidas quiméricas funcionais com atividade inseticida melhorada em comparação às proteínas parentais a partir dos quais as quimeras são derivadas envolve seleção cuidadosa das subunidades e domínios e alvos específicos dentro de cada proteína parental. [0014] É conhecido na técnica que a remontagem dos domínios I, II e III de quaisquer duas ou mais toxinas que são diferentes umas das outras, muitas vezes resultam na construção de proteínas que exibem a formação de cristais com ausência completa de qualquer atividade inseticida detectável direcionada para uma espécie de pragas de insetos alvo preferida. Apenas por tentativa e erro as quimeras inseticidas eficazes são projetadas, e mesmo assim, o técnico no assunto não pode garantir que obterá uma quimera que exibe atividade inseticida que é equivalente ou aprimorada em comparação a uma única proteína de toxina parental a partir da qual a protoxina constituinte ou domínios de toxina da quimera podem ter sido derivados. Por exemplo, a literatura relata numerosos exemplos de construção ou montagem de proteínas quiméricas a partir de dois ou mais precursores de proteína de cristal. Vide, por exemplo, Jacqueline S. Knight, et al. "A Strategy for Shuffling Numerous Bacillus thuringiensis Crystal Protein Domains". J. Economic Entomology, 97 (6) (2004): páginas 1.805 a 1.813; Patente US 6,204,246; Patente US 6,017,534; e Patente US 10,233,217. Em cada um destes exemplos, muitas das quimeras resultantes não exibiram propriedades inseticidas ou formadoras de cristal que fossem equivalentes ou melhoradas, em comparação às proteínas precursoras a partir das quais os componentes das quimeras foram derivados. SUMÁRIO DA INVENÇÃO [0015] A presente invenção fornece novas proteínas Cry quiméricas truncadas, formadas a partir da recombinação dos domínios I, II e III da porção ativa amino-terminal de proteínas Cry de Bt parentais Cry1Ab, Cry1B, Cry1C, Cry1Da, Cry1E, Cry1Fb e Cry2Aa na ausência de um domínio de protoxina carboxi-terminal. As proteínas quiméricas truncadas da presente invenção apresentam atividade inibitória e tóxica contra insetos pragas de lavouras da ordem Lepidoptera. Também são objetos da presente invenção moléculas de ácido nucleico codificantes das referidas proteínas quiméricas truncadas, cassetes de expressão, células vegetais, plantas, partes de plantas e sementes contendo uma molécula de ácido nucleico recombinante que codifica uma ou mais dentre as proteínas quiméricas truncadas. [0016] Cada uma das proteínas inseticidas quiméricas truncadas pode ser usada isoladamente ou em combinação com outras proteínas inseticidas e agentes inibidores de insetos em formulações e para expressão em plantas. Deste modo, são fornecidas alternativas às proteínas inseticidas e inseticidas químicos utilizados em sistemas agrícolas. [0017] Em certas modalidades descritas no presente documento, uma proteína inseticida quimérica truncada compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125 e carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. [0018] Em modalidades preferenciais, uma proteína inseticida quimérica truncada compreende uma sequência de aminoácidos conforme estabelecido em qualquer uma dentre as SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, ou 48, e carece de um domínio de protoxina carboxi- terminal. [0019] As proteínas inseticidas quiméricas apresentam atividade inibidora contra uma espécie de inseto da ordem Lepidopteras tais como, porém, sem limitação, Agrotis ipsilon, Agrotis subterranea, Agrotis orthogonia, Alabama argillacea, Anticarsia gemmatalis, Amyelois transitella, Archips argyrospila, Archips rosana, Chilo suppressalis, Chrysodeixis includens, Cnaphalocrocis medinalis, Crambus caliginosellus, Crambus teterrellus, Cydia pomonella, Diatraea saccharalis, Diatraea grandiosella, Earias vitela, Earias insulana, Earias vittella, Elasmopalpus lignosellus, Endopiza viteana, Grapholita molesta, Helicoverpa armigera, Helicoverpa gelotopeon, Helicoperva zea, Heliothis virescens, Herpetogramma licarsisalis, Homoeosoma electellum, Hypena scabra, Lobesia botrana, Lymantria dispar, Mamestra configurata, Ostrinia nubilalis, Pectinophora gossypiella, Pieris brassicae, Pieris rapae, Phyllocnistis citrella, Plutella xylostella, Pseudaletia unipuncta, Rachiplusia nu, Sesamia inferens, Spodoptera cosmioides, Spodoptera exigua, Spodoptera eridania, Spodoptera frugiperda, Spodoptera litura, Suleima helianthana, Trichoplusia ni, e Tuta absoluta. [0020] Em outra modalidade, é fornecido um polinucleotídeo que codifica uma proteína inseticida quimérica truncada, em que a proteína inseticida quimérica truncada compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. Em uma modalidade preferencial a proteína quimérica inseticida compreende a sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. Também é fornecido um polinucleotídeo que codifica uma proteína inseticida quimérica truncada, em que o polinucleotídeo compreende uma sequência de nucleotídeos que opcionalmente: se hibridiza sob condições rigorosas com o complemento reverso da sequência de polinucleotídeo de qualquer uma de SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, em que o polinucleotídeo carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi-terminal; ou codifica a proteína inseticida quimérica truncada que compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. Preferencialmente a proteína inseticida quimérica truncada compreende uma sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi- terminal. Em outra modalidade complementar, é fornecido um cassete de expressão compreendendo um polinucleotídeo como definido acima. [0021] Em outra modalidade, é fornecida no presente documento uma célula hospedeira compreendendo o polinucleotídeo descrito acima, em que a célula hospedeira é selecionada a partir do grupo que consiste numa célula hospedeira bacteriana ou uma célula hospedeira vegetal. As células hospedeiras bacterianas contempladas incluem Agrobacterium, Rhizobium, Bacillus, Brevibacillus, Escherichia, Pseudomonas, Klebsiella, Erwinia, em que a espécie Bacillus é uma Bacillus cereus ou uma Bacillus thuringiensis, Brevibacillus é preferencialmente Brevibacillus laterosperous e Escherichia é preferencialmente Escherichia coli. As células de plantas contempladas incluem monocotiledôneas e dicotiledôneas. [0022] Outras modalidades fornecidas no presente documento incluem composições inibidoras de insetos que compreendem uma proteína inseticida quimérica truncada que compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal; preferencialmente uma proteína quimérica truncada compreendendo a sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. Em certas modalidades, a composição inibidora de insetos compreende ainda pelo menos um agente inibidor de insetos diferente da proteína inseticida quimérica. Os agentes inibidores de insetos contemplados diferentes da proteína inseticida quimérica incluem uma proteína inibidora de inseto, uma molécula de dsRNA inibidora de insetos e uma química inibidora de insetos. Estes agentes inibidores de inseto diferentes da proteína inseticida quimérica podem exibir atividade contra uma ou mais espécies de pragas das ordens Lepidópteros, Coleoptera, Hemiptera, Homoptera ou Thysanoptera. [0023] Em ainda outra modalidade divulgada no presente documento, uma semente que compreende uma quantidade eficaz inibidora de insetos de: uma proteína inseticida quimérica que compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e (iii) um Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi- terminal; preferencialmente uma proteína quimérica truncada compreendendo a sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal; ou um polinucleotídeo compreendendo uma sequência de nucleotídeos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, em que o polinucleotídeo carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi-terminal. [0024] Também são contemplados métodos para controlar uma praga de Lepidópteros compreendem colocar a praga de Lepidópteros em contato com uma quantidade inibidora de uma proteína inseticida quimérica da invenção. [0025] Em outra modalidade, é fornecido um genoma de planta compreendendo uma molécula de ácido nucleico que codifica uma proteína inseticida quimérica truncada de acordo com a presente invenção ou cassete de expressão contendo a referida molécula de ácido nucleico. [0026] A presente invenção fornece ainda uma célula de planta, planta ou parte da planta transgênica que compreende uma proteína inseticida quimérica ou uma molécula de ácido nucleico que codifica a mesma, em que: a proteína inseticida quimérica truncada compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e um (iii) Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal; preferencialmente uma proteína quimérica truncada compreendendo a sequência de aminoácidos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal. [0027] Em outra modalidade, é fornecida proteína inseticida quimérica que é: pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 1; pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 2, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 3; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 4; pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 5; pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 6; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 7; pelo menos 77% idêntica a SEQ ID NO: 8; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 9; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 10; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 11; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 12; pelo menos 92% idêntica a SEQ ID NO: 13; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 14; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 15; pelo menos 88% idêntica a SEQ ID NO: 16; pelo menos, 97% idêntica a SEQ ID NO: 17; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO:18; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 19; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 20; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 21; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 22; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO:23; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO:24; pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 25; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 26; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 27, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 28, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 29, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 30, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 31, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 34, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 35, pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 36, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 37, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 38, pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 39, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 40, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 41, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 42, pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 43, pelo menos 70% idêntica a SEQ ID NO: 44, pelo menos 75% idêntica a SEQ ID NO: 45, pelo menos 73% idêntica a SEQ ID NO: 46, pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 47, ou pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 48, em que a sequência de aminoácidos carece de um domínio de protoxina carboxi- terminal. São fornecidas ainda moléculas de ácido nucleico codificantes das referidas proteínas, cassetes de expressão, células vegetais, plantas, partes de plantas e sementes contendo uma molécula de ácido nucleico recombinante que codifica uma ou mais dentre as proteínas quiméricas fornecidas no presente documento. [0028] Também são fornecidos métodos de controle de uma praga de Lepidóptero que compreendem a exposição da praga a uma proteína quimérica truncada descrita no presente documento, célula de planta, planta ou parte da planta transgênica, em que a referida célula de planta, planta ou parte da planta expressa uma proteína quimérica truncada descrita no presente documento. [0029] Em outras modalidades descritas no presente documento, são fornecidos os produtos vegetais derivados da célula de planta, planta ou parte de planta, em que o produto compreende uma quantidade detectável da proteína inseticida quimérica. Os produtos vegetais contemplados incluem biomassa vegetal, óleo, farelo, ração animal, farinha, flocos, cascas e sementes processadas. [0030] Um outro método aqui descrito é um método de produção de uma semente que compreende a proteína inseticida quimérica, o método compreendendo: plantar pelo menos uma semente que compreende a proteína inseticida quimérica; cultivar plantas a partir da referida semente; e colher sementes das plantas, em que a referida semente colhida compreende a proteína inseticida quimérica. [0031] As moléculas de polinucleotídeo recombinante que codificam uma proteína inseticida quimérica truncada compreendem uma sequência de nucleotídeos de qualquer uma de SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, em que o polinucleotídeo carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi-terminal; e, opcionalmente, uma sequência de polinucleotídeos que codifica um agente inibidor de insetos diferente da proteína inseticida quimérico também são contempladas no presente documento. [0032] Outra molécula de ácido nucleico recombinante contemplada no presente documento compreende um promotor heterólogo operacionalmente ligado a um segmento de polinucleotídeo que codifica proteínas inseticidas quiméricas, em que: a proteína inseticida quimérica truncada compreende (i) um Domínio I de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 98, SEQ ID NO: 102, SEQ ID NO: 106, SEQ ID NO: 111, SEQ ID NO: 115, SEQ ID NO: 119 ou SEQ ID NO: 123; (ii) um Domínio II de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 99, SEQ ID NO: 103, SEQ ID NO: 107, SEQ ID NO: 112, SEQ ID NO: 116, SEQ ID NO: 120 ou SEQ ID NO: 124; e um (iii) Domínio III de proteína Cry de qualquer uma de SEQ ID NO: 100, SEQ ID NO: 104, SEQ ID NO: 108, SEQ ID NO: 109, SEQ ID NO: 113, SEQ ID NO: 117, SEQ ID NO: 121 ou SEQ ID NO: 125, em que a proteína carece de um domínio de protoxina carboxi-terminal; ou a proteína inseticida quimérica truncada compreende uma proteína que possui: pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 1; pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 2, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 3; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 4; pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 5; pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 6; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 7; pelo menos 77% idêntica a SEQ ID NO: 8; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 9; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 10; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 11; pelo menos 91% idêntica a SEQ ID NO: 12; pelo menos 92% idêntica a SEQ ID NO: 13; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 14; pelo menos 82% idêntica a SEQ ID NO: 15; pelo menos 88% idêntica a SEQ ID NO: 16; pelo menos, 97% idêntica a SEQ ID NO: 17; pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO:18; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 19; pelo menos 76% idêntica a SEQ ID NO: 20; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 21; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 22; pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO:23; pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO:24; pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 25; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 26; pelo menos 83% idêntica a SEQ ID NO: 27, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 28, pelo menos 79% idêntica a SEQ ID NO: 29, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 30, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 31, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 78% idêntica a SEQ ID NO: 33, pelo menos 85% idêntica a SEQ ID NO: 34, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 35, pelo menos 87% idêntica a SEQ ID NO: 36, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 37, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 38, pelo menos 81% idêntica a SEQ ID NO: 39, pelo menos 80% idêntica a SEQ ID NO: 40, pelo menos 84% idêntica a SEQ ID NO: 41, pelo menos 93% idêntica a SEQ ID NO: 42, pelo menos 86% idêntica a SEQ ID NO: 43, pelo menos 70% idêntica a SEQ ID NO: 44, pelo menos 75% idêntica a SEQ ID NO: 45, pelo menos 73% idêntica a SEQ ID NO: 46, pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 47, ou pelo menos 50% idêntica a SEQ ID NO: 48; ou o segmento de polinucleotídeo se hibridiza com um polinucleotídeo que tem uma sequência de nucleotídeos de qualquer uma dentre as SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, em que o polinucleotídeo carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi-terminal. [0033] Outras modalidades, recursos e vantagens da invenção se tornarão evidentes a partir da seguinte descrição detalhada, exemplos e reivindicações. BREVE DESCRIÇÃO DAS SEQUÊNCIAS [0034] SEQ ID NO: 1 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q1. [0035] SEQ ID NO: 2 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q2. [0036] SEQ ID NO: 3 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q3. [0037] SEQ ID NO: 4 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q4. [0038] SEQ ID NO: 5 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q5. [0039] SEQ ID NO: 6 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q6. [0040] SEQ ID NO: 7 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q7. [0041] SEQ ID NO: 8 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q8. [0042] SEQ ID NO: 9 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q9. [0043] SEQ ID NO: 10 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q10. [0044] SEQ ID NO: 11 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q11. [0045] SEQ ID NO: 12 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q12. [0046] SEQ ID NO: 13 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q13. [0047] SEQ ID NO: 14 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q14. [0048] SEQ ID NO: 15 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q15. [0049] SEQ ID NO: 16 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q16. [0050] SEQ ID NO: 17 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q17. [0051] SEQ ID NO: 18 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q18. [0052] SEQ ID NO: 19 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q19. [0053] SEQ ID NO: 20 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q20. [0054] SEQ ID NO: 21 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q21. [0055] SEQ ID NO: 22 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q22. [0056] SEQ ID NO: 23 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q23. [0057] SEQ ID NO: 24 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q24. [0058] SEQ ID NO: 25 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q25. [0059] SEQ ID NO: 26 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q26. [0060] SEQ ID NO: 27 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q27. [0061] SEQ ID NO: 28 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q28. [0062] SEQ ID NO: 29 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q29. [0063] SEQ ID NO: 30 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q30. [0064] SEQ ID NO: 31 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q31. [0065] SEQ ID NO: 32 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q32. [0066] SEQ ID NO: 33 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q33. [0067] SEQ ID NO: 34 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q34. [0068] SEQ ID NO: 35 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q35. [0069] SEQ ID NO: 36 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q36. [0070] SEQ ID NO: 37 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q37. [0071] SEQ ID NO: 38 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q38. [0072] SEQ ID NO: 39 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q39. [0073] SEQ ID NO: 40 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q40. [0074] SEQ ID NO: 41 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q41. [0075] SEQ ID NO: 42 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q42. [0076] SEQ ID NO: 43 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q43. [0077] SEQ ID NO: 44 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q44. [0078] SEQ ID NO: 45 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q45. [0079] SEQ ID NO: 46 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q46. [0080] SEQ ID NO: 47 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q47. [0081] SEQ ID NO: 48 é a sequência de aminoácidos da proteína quimérica truncada EMS_Q48. [0082] SEQ ID NO: 49 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_1. [0083] SEQ ID NO: 50 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_2. [0084] SEQ ID NO: 51 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_3. [0085] SEQ ID NO: 52 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_4. [0086] SEQ ID NO: 53 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_5. [0087] SEQ ID NO: 54 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_6. [0088] SEQ ID NO: 55 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_7. [0089] SEQ ID NO: 56 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_8. [0090] SEQ ID NO: 57 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_9. [0091] SEQ ID NO: 58 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_10. [0092] SEQ ID NO: 59 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_11. [0093] SEQ ID NO: 60 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_12. [0094] SEQ ID NO: 61 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_13. [0095] SEQ ID NO: 62 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_14. [0096] SEQ ID NO: 63 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_15. [0097] SEQ ID NO: 64 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_16. [0098] SEQ ID NO: 65 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_17. [0099] SEQ ID NO: 66 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_18. [00100] SEQ ID NO: 67 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_19. [00101] SEQ ID NO: 68 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_20. [00102] SEQ ID NO: 69 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_21. [00103] SEQ ID NO: 70 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_22. [00104] SEQ ID NO: 71 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_23. [00105] SEQ ID NO: 72 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_24. [00106] SEQ ID NO: 73 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_25. [00107] SEQ ID NO: 74 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_26. [00108] SEQ ID NO: 75 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_27. [00109] SEQ ID NO: 76 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_28. [00110] SEQ ID NO: 77 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_29. [00111] SEQ ID NO: 78 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_30. [00112] SEQ ID NO: 79 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_31. [00113] SEQ ID NO: 80 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_32. [00114] SEQ ID NO: 81 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_33. [00115] SEQ ID NO: 82 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_34. [00116] SEQ ID NO: 83 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_35. [00117] SEQ ID NO: 84 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_36. [00118] SEQ ID NO: 85 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_37. [00119] SEQ ID NO: 86 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_38. [00120] SEQ ID NO: 87 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_39. [00121] SEQ ID NO: 88 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_40. [00122] SEQ ID NO: 89 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_41. [00123] SEQ ID NO: 90 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_42. [00124] SEQ ID NO: 91 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_43. [00125] SEQ ID NO: 92 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_44. [00126] SEQ ID NO: 93 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_45. [00127] SEQ ID NO: 94 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_46. [00128] SEQ ID NO: 95 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_47. [00129] SEQ ID NO: 96 é a sequência de nucleotídeos que codifica a proteína quimérica truncada EMS_48. [00130] SEQ ID NO: 97 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1C. [00131] SEQ ID NO: 98 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1C. [00132] SEQ ID NO: 99 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1C. [00133] SEQ ID NO: 100 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry1C. [00134] SEQ ID NO: 101 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1B. [00135] SEQ ID NO: 102 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1B. [00136] SEQ ID NO: 103 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1B. [00137] SEQ ID NO: 104 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry1B. [00138] SEQ ID NO: 105 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1Ab. [00139] SEQ ID NO: 106 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1Ab. [00140] SEQ ID NO: 107 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1Ab. [00141] SEQ ID NO: 108 é a sequência de aminoácidos do Domínio III_a de Cry1Ab. [00142] SEQ ID NO: 109 é a sequência de aminoácidos do Domínio III_b de Cry1Ab. [00143] SEQ ID NO: 110 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1E. [00144] SEQ ID NO: 111 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1E. [00145] SEQ ID NO: 112 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1E. [00146] SEQ ID NO: 113 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry1E. [00147] SEQ ID NO: 114 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1Da. [00148] SEQ ID NO: 115 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1Da. [00149] SEQ ID NO: 116 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1Da. [00150] SEQ ID NO: 117 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry1Da. [00151] SEQ ID NO: 118 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry1Fb. [00152] SEQ ID NO: 119 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry1Fb. [00153] SEQ ID NO: 120 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry1Fb. [00154] SEQ ID NO: 121 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry1Fb. [00155] SEQ ID NO: 122 é a sequência de aminoácidos da proteína parental Cry2Aa. [00156] SEQ ID NO: 123 é a sequência de aminoácidos do Domínio I de Cry2Aa. [00157] SEQ ID NO: 124 é a sequência de aminoácidos do Domínio II de Cry2Aa. [00158] SEQ ID NO: 125 é a sequência de aminoácidos do Domínio III de Cry2Aa. BREVE DESCRIÇÃO DAS FIGURAS [00159] As Figuras 1-4 mostram os resultados dos ensaios relatados no Exemplo 5. [00160] Figura 1: Resultado gráfico da nota de injúria média (escala Davis) entre 3 avaliações (7, 14 e 21 dias após infestação) do ensaio de casa de vegetação com infestação artificial de Spodoptera frugiperda em 44 vasos com eventos de milho contendo a sequência codificadora da proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6). O milho não transgênico L3 foi adicionado como controle negativo (C-) e um milho transgênico comercial pera resistência a S. frugiperda foi adicionado como controle positivo (C+). [00161] Figura 2. Resultado gráfico da nota de injúria média (escala Davis) entre 3 avaliações (7, 14 e 21 dias após infestação) do ensaio de campo com infestação artificial de S. frugiperda em 22 eventos (Ev1 a Ev22) de milho contendo a sequência codificadora da proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6). Como controles negativos e positivos, foram avaliados dois milhos não transgênicos (C-) e dois milhos transgênicos comerciais (C+), respectivamente. [00162] Figura 3: Resultado representativo do ensaio de campo com infestação artificial e natural de S. frugiperda em (A) milho transgênico, expressando proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6) e (B) milho não transgênico controle. Nota-se que a planta de milho transgênica não apresenta danos, enquanto a planta de milho convencional apresenta danos foliares causados pelo ataque de S. frugiperda. [00163] Figura 4: Resultado do bioensaio realizado em laboratório com folhas de milho após cinco dias da infestação com larvas neonatas de S. frugiperda. (A) milho transgênico, expressando proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6) e (B) milho não transgênico controle (C-). Nota-se que na folha de milho expressando a proteína EMS_Q6 ocorreu total mortalidade das lagartas e ausência de danos em folha. No milho controle houve danos evidentes por alimentação e a presença de lagartas vivas e bem desenvolvidas. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [00164] O problema na técnica de controle de pragas de insetos agrícolas pode ser definido como uma necessidade por novas proteínas inseticidas que são eficazes contra os insetos praga alvo, exibem toxicidade de amplo espectro contra espécies de insetos praga alvo, têm a capacidade de serem expressas em plantas sem causar problemas agronômicos indesejáveis, e fornecem um modo alternativo de ação em comparação às proteínas atualmente utilizadas na agricultura. As proteínas inseticidas quiméricas truncadas reveladas no presente documento abordam cada uma destas necessidades, particularmente, contra um espectro amplo de pragas de insetos Lepidópteros. [00165] A fim de evitar o desenvolvimento de, ou contornar a resistência a insetos contra proteínas inseticidas utilizadas atualmente, novas proteínas inseticidas com modos de ação diferentes, bem como um espectro amplo e eficácia, são necessários para o controle de Lepidópteros. Uma forma de abordar esta necessidade é intercambiar segmentos entre várias proteínas de Bt que exibem semelhanças estruturais para criar novas proteínas de Bt com propriedades inibidoras de insetos. Todavia, a probabilidade de se criar uma proteína quimérica com propriedades melhoradas, a partir da variedade de estruturas de domínios das numerosas proteínas inseticidas nativas conhecidas na técnica, é remota. Vide, por exemplo, Jacqueline S. Knight, et al. "A Strategy for Shuffling Numerous Bacillus thuringiensis Crystal Protein Domains". J. Economic Entomology, 97 (6) (2004): páginas 1.805 a 1.813. [00166] Sequências de moléculas de ácido nucleico recombinante que codificam novas proteínas inseticida quiméricas são reveladas no presente documento. Estas proteínas inseticidas abordam a necessidade contínua na técnica pelo fornecimento de proteínas inseticidas tóxicas adicionais com propriedades inseticidas melhoradas tais como eficácia aumentada, atividade contra um espectro mais amplo de espécies de praga de inseto alvo e modos de ação diferentes. Os membros deste grupo de proteínas, que incluem as proteínas exemplificadas e fornecidas no presente documento, exibem atividade inseticida contra espécies de pragas de insetos Lepidópteros. [00167] O termo “segmento” ou “fragmento” é utilizado neste pedido para descrever sequências de aminoácidos ou de ácidos nucleicos consecutivas que são mais curtas que a sequência aminoácidos ou ácidos nucleicos completa que descreve uma proteína inseticida quimérica divulgada. Um segmento ou fragmento que exibe atividade inibidora de insetos também é divulgado no presente pedido se o alinhamento de tal segmento ou fragmento, com a seção correspondente da proteína inseticida quimérica, resultar em identidade de sequência de aminoácidos de qualquer porcentagem de fração de cerca de 50% a cerca de 100% entre o segmento ou fragmento e a seção correspondente da proteína inseticida quimérica. [00168] A referência nesse pedido aos termos “ativo(a)” ou “atividade”; “atividade pesticida” ou “pesticida”; ou “atividade inseticida”, “inibidor de inseto”, “inseticida”, se refere à eficácia de um agente tóxico, tal como uma proteína inseticida, na inibição (inibição do crescimento, alimentação, fecundidade ou viabilidade), na supressão (supressão a infestação de pragas, suprimindo as atividades de alimentação de pragas numa cultura particular contendo uma quantidade eficaz de uma proteína inseticida) ou matando (causando a morbidade, a mortalidade ou a fecundidade reduzida) de uma praga. Estes termos se destinam a incluir o resultado do fornecimento de uma quantidade eficaz de uma proteína inseticida a uma praga em que a exposição da praga à proteína inseticida resulta em morbidade, mortalidade, fecundidade reduzida ou retardação do crescimento. Estes termos também incluem a repulsão da praga da planta, de um tecido da planta, de uma parte da planta, da semente, de células vegetais, ou da localização geográfica particular onde a planta pode estar sendo cultivada, como resultado do fornecimento de uma quantidade eficaz como pesticida da proteína inseticida dentro ou na planta. De um modo geral, atividade pesticida se refere à capacidade de uma proteína inseticida ser eficaz na inibição do crescimento, desenvolvimento, viabilidade, comportamento de alimentação, comportamento de acasalamento, fecundidade ou qualquer diminuição mensurável nos efeitos adversos causados por uma alimentação de insetos nesta proteína, fragmento de proteína, segmento de proteína ou polinucleotídeo de uma praga-alvo particular, incluindo, sem limitação, insetos da ordem Lepidoptera. A proteína inseticida pode ser produzida pela planta ou pode ser aplicada à planta ou ao ambiente dentro do local onde a planta é localizada. O termo “bioatividade”, “eficácia” ou variações dos mesmos também são termos usados intercambiavelmente neste pedido para descrever os efeitos das proteínas inseticidas quiméricas truncadas da presente invenção em pragas de inseto alvo. [00169] Os termos “truncado” ou “truncada” se refere a sequências de aminoácidos de proteínas que, em relação às sequências correspondentes naturais e/ou parentais carece da porção carboxi- terminal de protoxina presente nas proteínas Cry1 e Cry2 naturais e/ou parentais. Os termos “truncado” ou “truncada” se refere ainda a sequências de nucleotídeos que codificam proteínas truncadas e, portanto, carece de uma região codificante de um domínio de protoxina carboxi-terminal. [00170] Uma quantidade eficaz como pesticida de um agente tóxico, quando fornecida na dieta de uma praga-alvo, exibe atividade pesticida quando o agente tóxico entra em contato com a praga. Um agente tóxico pode ser uma proteína inseticida ou um ou mais agentes químicos conhecidos na técnica. Os agentes químicos inseticidas e os agentes proteicos inseticidas podem ser usados sozinhos ou em combinações uns com os outros. Os agentes químicos incluem, sem limitação, moléculas de dsRNA direcionadas a genes específicos para a supressão de uma praga-alvo, organocloretos, organofosfatos, carbamatos, piretroides, neonicotinoides e rianoides. Agentes de proteínas inseticidas incluem as proteínas inseticidas quiméricas apresentadas neste pedido, bem como outros agentes tóxicos proteicos incluindo aqueles que visam espécies de praga de lepidópteros, assim como toxinas proteicas que são usadas para controlar outras pragas de plantas, tais como proteínas Cry disponíveis na técnica para uso no controle de espécies de espécies de Coleópteros, Tisanópteros, Hemípteros e Homópteros. [00171] A referência a uma praga, particularmente, uma praga agrícola, significa pragas de insetos de plantações, particularmente, pragas de insetos Lepidópteros, que são controladas pelas proteínas inseticidas quiméricas truncadas divulgadas no presente documento. No entanto, a referência a uma praga pode também incluir pragas de insetos Coleópteros, Hemípteros e Homópteros de plantas, bem como nematódeos, quando os agentes tóxicos contra estas pragas são combinados ou estão presentes em conjunto com a proteína inseticida quimérica truncada ou com uma proteína que é 50% a cerca de 100% idêntica à proteína inseticida quimérica truncada. [00172] As proteínas inseticidas quiméricas truncadas descritas no presente documento apresentam atividade inseticida contra pragas de insetos a partir de espécies de Lepidópteros, incluindo adultos, pupas, larvas e recém-nascidos, bem como espécies de Hemípteros, incluindo adultos e ninfas. Os insetos da ordem Lepidoptera incluem, porém, sem limitação, Agrotis ipsilon, Agrotis subterranea, Agrotis orthogonia, Alabama argillacea, Anticarsia gemmatalis, Amyelois transitella, Archips argyrospila, Archips rosana, Chilo suppressalis, Chrysodeixis includens, Cnaphalocrocis medinalis, Crambus caliginosellus, Crambus teterrellus, Cydia pomonella, Diatraea saccharalis, Diatraea grandiosella, Earias vitela, Earias insulana, Earias vittella, Elasmopalpus lignosellus, Endopiza viteana, Grapholita molesta, Helicoverpa armigera, Helicoverpa gelotopeon, Helicoperva zea, Heliothis virescens, Herpetogramma licarsisalis, Homoeosoma electellum, Hypena scabra, Lobesia botrana, Lymantria dispar, Mamestra configurata, Ostrinia nubilalis, Pectinophora gossypiella, Pieris brassicae, Pieris rapae, Phyllocnistis citrella, Plutella xylostella, Pseudaletia unipuncta, Rachiplusia nu, Sesamia inferens, Spodoptera cosmioides, Spodoptera exigua, Spodoptera eridania, Spodoptera frugiperda, Spodoptera litura, Suleima helianthana, Trichoplusia ni, e Tuta absoluta. [00173] Referência neste pedido a uma “molécula de DNA isolada”, ou um termo ou frase equivalente, significa que a molécula de DNA está presente sozinha ou em combinação com outras composições, mas não dentro do seu ambiente natural. Por exemplo, elementos de ácidos nucleicos, tais como uma sequência codificante, sequência de íntron, sequência principal não traduzida, sequência promotora, sequência de terminação da transcrição, e semelhantes, que são encontradas naturalmente no DNA do genoma de um organismo não são considerados como “isolado” desde que o elemento está dentro do genoma do organismo e no local dentro do genoma em que se encontra naturalmente. No entanto, cada um destes elementos, e subpartes destes elementos, seriam “isolados”, no escopo do presente documento, desde que o elemento não esteja dentro do genoma do organismo e no local dentro do genoma em que se encontra naturalmente. De modo similar, uma sequência de nucleotídeo que codifica uma proteína inseticida ou qualquer variante inseticida de ocorrência natural dessa proteína seria uma sequência de nucleotídeos solada, desde que a sequência de nucleotídeos não esteja dentro do DNA da bactéria da qual a sequência que codifica a proteína é naturalmente encontrada. Uma sequência de nucleotídeos sintéticos que codifica a sequência de aminoácidos da proteína inseticida de ocorrência natural seria considerada isolada para os propósitos do presente documento. Para os fins do presente documento, qualquer sequência de nucleotídeos recombinante, por exemplo, a sequência de nucleotídeos do DNA inserida no genoma das células de uma planta ou bactéria, ou presente num vetor extracromossômico seria considerada uma sequência de nucleotídeos isolada se estiver presente no interior do plasmídeo ou estrutura semelhante utilizada para transformar as células, dentro do genoma da planta ou bactéria, ou presente em quantidades detectáveis em tecidos, descendência, as amostras biológicas ou produtos de bens de consumo derivados da planta ou bactéria. [00174] Conforme descrito ainda nos Exemplos, por meio de um esforço de desenvolvimento de sequências quiméricas cerca de quarenta e oito (48) sequências de nucleotídeos que codificam proteínas inseticidas quiméricas truncadas foram construídas a partir dos domínios de toxina de proteínas inseticidas conhecidas (chamadas no presente documento de “proteínas parentais”), e expressos e testados no bioensaio quanto a atividade contra Lepidópteros. Proteínas quiméricas truncadas construídas de acordo com os ensinamentos do presente documento apresentaram atividade superior no controle de Lepidópteros em comparação às proteínas de progenitoras das quais seus componentes de toxina foram derivados. [00175] Estas proteínas inseticidas quiméricas com atividade de Lepidópteros aprimorada ou um espectro de Lepidópteros melhorado foram construídas a partir dos seguintes domínios toxina amino-terminal de proteínas Cry de Bt parentais Cry1Ab, Cry1B, Cry1C, Cry1Da, Cry1E, Cry1Fb e Cry2Aa. Especificamente, as novas proteínas quiméricas inseticidas da presente invenção com atividade de Lepidópteros aprimorada ou um espectro de Lepidópteros melhorado compreendem as seguintes combinações de domínios: Domínio I de Cry1C (SEQ ID NO: 98), Cry1B (SEQ ID NO: 102), Cry1Ab (SEQ ID NO: 106), Cry1E (SEQ ID NO: 111), Cry1Da (SEQ ID NO: 115), Cry1Fb (SEQ ID NO: 119), Cry2Aa (SEQ ID NO: 123); Domínio II de Cry1C (SEQ ID NO: 99), Cry1B (SEQ ID NO: 103), Cry1Ab (SEQ ID NO: 107), Cry1E (SEQ ID NO: 112), Cry1Da (SEQ ID NO: 116), Cry1Fb (SEQ ID NO: 120), Cry2Aa (SEQ ID NO: 124); e Domínio III de Cry1C (SEQ ID NO: 100), Cry1B (SEQ ID NO: 104), Cry1Ab_a (SEQ ID NO: 108), Cry1Ab_b (SEQ ID NO: 109), Cry1E (SEQ ID NO: 113), Cry1Da (SEQ ID NO: 117), Cry1Fb (SEQ ID NO: 121), Cry2Aa (SEQ ID NO: 125). [00176] Proteínas quiméricas truncadas exemplares de acordo com a presente invenção foram denominadas EMS_Q1 (SEQ ID NO: 1), EMS_Q2 (SEQ ID NO: 2), EMS_Q3 (SEQ ID NO: 3), EMS_Q4 (SEQ ID NO: 4), EMS_Q5 (SEQ ID NO: 5), EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6), EMS_Q7 (SEQ ID NO: 7), EMS_Q8 (SEQ ID NO: 8), EMS_Q9 (SEQ ID NO: 9), EMS_Q10 (SEQ ID NO: 10), EMS_Q11 (SEQ ID NO: 11), EMS_Q12 (SEQ ID NO: 12), EMS_Q13 (SEQ ID NO: 13), EMS_Q14 (SEQ ID NO: 14), EMS_Q15 (SEQ ID NO: 15), EMS_Q16 (SEQ ID NO: 16), EMS_Q17 (SEQ ID NO: 17), EMS_Q18 (SEQ ID NO: 18), EMS_Q19 (SEQ ID NO: 19), EMS_Q20 (SEQ ID NO: 20), EMS_Q21 (SEQ ID NO: 21), EMS_Q22 (SEQ ID NO: 22), EMS_Q23 (SEQ ID NO: 23), EMS_Q24 (SEQ ID NO: 24), EMS_Q25 (SEQ ID NO: 25), EMS_Q26 (SEQ ID NO: 26), EMS_Q27 (SEQ ID NO: 27), EMS_Q28 (SEQ ID NO: 28), EMS_Q29 (SEQ ID NO: 29), EMS_Q30 (SEQ ID NO: 30), EMS_Q31 (SEQ ID NO: 31), EMS_Q32 (SEQ ID NO: 32), EMS_Q33 (SEQ ID NO: 33), EMS_Q34 (SEQ ID NO: 34), EMS_Q35 (SEQ ID NO: 35), EMS_Q36 (SEQ ID NO: 36), EMS_Q37 (SEQ ID NO: 37), EMS_Q38 (SEQ ID NO: 38), EMS_Q39 (SEQ ID NO: 39), EMS_Q40 (SEQ ID NO: 40), EMS_Q41 (SEQ ID NO: 41), EMS_Q42 (SEQ ID NO: 42), EMS_Q43 (SEQ ID NO: 43), EMS_Q44 (SEQ ID NO: 44), EMS_Q45 (SEQ ID NO: 45), EMS_Q46 (SEQ ID NO: 46), EMS_Q47 (SEQ ID NO: 47), e EMS_Q48 (SEQ ID NO: 48). [00177] Muitas das proteínas inseticidas quiméricas truncadas demonstram atividade inseticida contra múltiplas espécies de pragas de insetos Lepidópteros. Especificamente, as proteínas inseticidas quiméricas truncadas descritas no presente pedido exibiram atividade contra S. frugiperda. Desta forma, as proteínas exemplificadas descritas neste pedido estão relacionadas pela função comum e exibem atividade inseticida contra pragas de insetos a partir de espécies de insetos Lepidópteros, incluindo adultos, larvas e pupas. [00178] As proteínas que inseticidas quiméricas podem ser identificadas por comparação umas com as outras usando vários algoritmos com base em computadores conhecidos na técnica. Por exemplo, a identidade de sequência de aminoácidos das proteínas relacionadas às proteínas inseticidas quiméricas truncadas podem ser analisadas usando um alinhamento Clustal W usando estes parâmetros padrão: matriz de peso: blosum, penalidade de abertura de lacuna: 10,0, penalidade de extensão de lacuna: 0,05, lacunas hidrofílicas: Ligado, resíduos hidrofílicos: GPSNDQERK, Penalidades de lacuna de resíduo específico: Ligado (Thompson, Et al (1994) Nucleic Acids Research, 22: 4.673 a 4.680). A porcentagem de identidade de aminoácido é ainda calculada pelo produto de 100% multiplicado por (identidades de aminoácido/comprimento da proteína em questão). Outros algoritmos de alinhamento também estão disponíveis na técnica, fornecem resultados semelhantes àqueles obtidos usando um alinhamento Clustal W e são contemplados nesse pedido. [00179] Uma proteína de consulta que exibe atividade inibidora de insetos é descrita neste pedido se o alinhamento de tal proteína de consulta com as proteínas inseticidas quiméricas truncadas estabelecidas em SEQ ID NOs: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 ou 48 e resulta em pelo menos cerca de 50%, 51%, 52%, 53%, 54%, 55%, 56%, 57%, 58%, 59%, 60%, 61%, 62%, 63%, 64%, 65%, 66%, 67%, 68%, 69%, 70%, 71%, 72%, 73%, 74%, 75%, 76%, 77%, 78%, 79%, 80%, 81%, 82%, 83%, 84%, 85%, 86%, 87 %, 88%, 89%, 90%, 91%, 92%, 93%, 94%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99%, ou cerca de 100% de identidade de sequência de aminoácidos (ou qualquer percentagem de fração nesta faixa) entre a proteína de consulta e matéria. [00180] Como descrito adicionalmente nos exemplos do presente pedido, sequências sintéticas ou artificiais que codificam as proteínas inseticidas quiméricas foram projetadas para uso em plantas. As sequências de nucleotídeos sintéticos exemplificativas que foram projetadas para o uso em plantas estabelecidas nas são EMS_Q1 (SEQ ID NO: 49), EMS_Q2 (SEQ ID NO: 50), EMS_Q3 (SEQ ID NO: 51), EMS_Q4 (SEQ ID NO: 52), EMS_Q5 (SEQ ID NO: 53), EMS_Q6 (SEQ ID NO: 54), EMS_Q7 (SEQ ID NO: 55), EMS_Q8 (SEQ ID NO: 56), EMS_Q9 (SEQ ID NO: 57), EMS_Q10 (SEQ ID NO: 58), EMS_Q11 (SEQ ID NO: 59), EMS_Q12 (SEQ ID NO: 60), EMS_Q13 (SEQ ID NO: 61), EMS_Q14 (SEQ ID NO: 62), EMS_Q15 (SEQ ID NO: 63), EMS_Q16 (SEQ ID NO: 64), EMS_Q17 (SEQ ID NO: 65), EMS_Q18 (SEQ ID NO: 66), EMS_Q19 (SEQ ID NO: 67), EMS_Q20 (SEQ ID NO: 68), EMS_Q21 (SEQ ID NO: 69), EMS_Q22 (SEQ ID NO: 70), EMS_Q23 (SEQ ID NO: 71), EMS_Q24 (SEQ ID NO: 72), EMS_Q25 (SEQ ID NO: 73), EMS_Q26 (SEQ ID NO: 74), EMS_Q27 (SEQ ID NO: 75), EMS_Q28 (SEQ ID NO: 76), EMS_Q29 (SEQ ID NO: 77), EMS_Q30 (SEQ ID NO: 78), EMS_Q31 (SEQ ID NO: 79), EMS_Q32 (SEQ ID NO: 80), EMS_Q33 (SEQ ID NO: 81), EMS_Q34 (SEQ ID NO: 82), EMS_Q35 (SEQ ID NO: 83), EMS_Q36 (SEQ ID NO: 84), EMS_Q37 (SEQ ID NO: 85), EMS_Q38 (SEQ ID NO: 86), EMS_Q39 (SEQ ID NO: 87), EMS_Q40 (SEQ ID NO: 88), EMS_Q41 (SEQ ID NO: 89), EMS_Q42 (SEQ ID NO: 90), EMS_Q43 (SEQ ID NO: 91), EMS_Q44 (SEQ ID NO: 92), EMS_Q45 (SEQ ID NO: 93), EMS_Q46 (SEQ ID NO: 94), EMS_Q47 (SEQ ID NO: 95), e EMS_Q48 (SEQ ID NO: 96). [00181] Para expressão em células vegetais, as proteínas inseticidas quiméricas podem ser expressas para residir no citosol ou direcionadas para várias organelas da célula vegetal. Por exemplo, destinar uma proteína para o cloroplasto pode resultar em aumento dos níveis de proteína expressos numa planta transgênica, evitando que fenótipos diferentes ocorram. O direcionamento também pode resultar num aumento da eficácia de resistência a pragas em um evento transgênico. Um peptídeo alvo ou peptídeo de trânsito é uma cadeia de peptídeo curta (3 a 70 aminoácidos de comprimento) que direciona o transporte de uma proteína para uma região específica da célula, incluindo o núcleo, mitocôndria, retículo endoplasmático (ER), cloroplastos, apoplasto, peroxissoma e membrana plasmática. Alguns peptídeos de trânsito são clivados da proteína por peptidase depois das proteínas serem transportadas. Para o direcionamento para o cloroplasto, as proteínas contêm peptídeos de trânsito que têm cerca de 40 a 50 aminoácidos. Descrição do uso de peptídeos de trânsito de cloroplasto é fornecida, por exemplo em WO2013116758, US 5,188,642 e US 5,728,925 e US 9,150,625. Muitas proteínas localizadas em cloroplasto são expressas a partir de genes nucleares como precursores e são direcionadas para o cloroplasto por um peptídeo de trânsito do cloroplasto (CTP). Exemplos de tais proteínas de cloroplastos isolados incluem, porém, sem limitação, aquelas associadas com a subunidade pequena (SSU) da ribulose-1,5, carboxilase-bisfosfato, ferredoxina, ferredoxina oxidorredutase, o complexo proteína de colheita I e proteína II, tioredoxina F, e enolpiruvil chiquimato fosfato sintase (EPSPS). Foi demonstrado in vivo e in vitro que as proteínas não expressas no cloroplasto podem ser direcionadas ao cloroplasto pelo uso de fusões de proteínas com uma CTP heteróloga e que a CTP é suficiente para destinar uma proteína para o cloroplasto. Foi mostrado que a incorporação de um peptídeo de trânsito de cloroplasto adequado tal como o EPSPS CTP (CTP2) de Arabidopsis thaliana (vide, Klee et al., Mol. Gen Genet.210: páginas 437 a 442, 1987) ou EPSPS CTP (CTP4) de Petunia hybrida (vide, Della-Cioppa et al., Proc. Natl. Acad. Sci. USA 83: páginas 6.873 a 6.877, 1986) direciona sequências proteicas de EPSPS heterólogas para cloroplastos em plantas transgênicas (vide, US 5,627,061; US 5,633,435; e US 5,312,910; e EP0218571; EP189707; EP508909; e EP924299). Para destinar as proteínas inseticidas quiméricas para o cloroplasto, uma sequência que codifica um peptídeo de trânsito de cloroplasto é colocada em ligação operável na posição 5' da sequência de codificação sintética que codifica a proteína inseticida quimérica que foi projetada para expressão em células vegetais. [00182] Os cassetes de expressão e os vetores contendo estas sequências de nucleotídeo sintéticas ou artificiais foram construídos e introduzidos em células de plantas de E. coli e milho (Zea mays), de acordo com os métodos e conjuntos de procedimentos de transformação que são conhecidos na técnica. As células de milho transformadas foram regeneradas em plantas transformadas expressando a proteína inseticida quimérica truncada. Para testar a atividade pesticida, foram realizados bioensaios na presença de larvas neonatas (1 dia) de praga de lepidópteros. As composições de moléculas de ácidos nucleicos recombinantes que codificam as proteínas inseticidas quiméricas são contempladas. Por exemplo, as proteínas inseticidas quiméricas podem ser expressas com construções de DNA recombinante, em que uma molécula de polinucleotídeo com uma ORF que codifica a proteína inseticida quimérica ligada operacionalmente a elementos de expressão genética tal como um promotor e qualquer outro elemento regulador necessário para a expressão no sistema para o qual se destina a construção. Exemplos não limitadores incluem um promotor de planta funcional ligado de maneira operacional à proteína inseticida quimérica sintética que codifica sequências para a expressão da proteína inseticida quimérica em plantas ou um promotor funcional em Bt ligado operacionalmente a uma proteína inseticida quimérica que codifica a sequência para a expressão da proteína numa bactéria Bt ou outras espécies de Bacillus. Outros elementos podem ser operacionalmente ligados às proteínas inseticidas quiméricas que codificam sequências incluindo, sem limitação, enhancers, introns, líderes não traduzidos, peptídeos de imobilização de proteína codificada (HIS-tag), peptídeos de translocação (isto é, peptídeos de trânsito de plastídeo, peptídeos sinal), sequências de polipeptídeo para enzimas de modificação pós- translacional, sítios de ligação ribossômicos e sítios-alvo de RNAi. [00183] Moléculas de polinucleotídeo recombinante exemplificativas aqui fornecidas incluem, sem limitação, um promotor heterólogo operacionalmente ligado a um polinucleotídeo tal como SEQ ID NOs: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96, que codifica o polipeptídeo ou proteína tendo a sequência de aminoácidos conforme apresentado na SEQ ID NOs: 1 (EMS_Q1), 2 (EMS_Q2), 3 (EMS_Q3), 4 (EMS_Q4), 5 (EMS_Q5), 6 (EMS_Q6), 7 (EMS_Q7), 8 (EMS_Q8), 9 (EMS_Q9), 10 (EMS_Q10), 11 (EMS_Q11), 12 (EMS_Q12), 13 (EMS_Q13), 14 (EMS_Q14), 15 (EMS_Q15), 16 (EMS_Q16), 17 (EMS_Q17), 18 (EMS_Q18), 19 (EMS_Q19), 20 (EMS_Q20), 21 (EMS_Q21), 22 (EMS_Q22), 23 (EMS_Q23), 24 (EMS_Q24), 25 (EMS_Q25), 26 (EMS_Q26), 27 (EMS_Q27), 28 (EMS_Q28), 29 (EMS_Q29), 30 (EMS_Q30), 31 (EMS_Q31), 32 (EMS_Q32), 33 (EMS_Q33), 34 (EMS_Q34), 35 (EMS_Q35), 36 (EMS_Q36), 37 (EMS_Q37), 38 (EMS_Q38), 39 (EMS_Q39), 40 (EMS_Q40), 41 (EMS_Q41), 42 (EMS_Q42), 43 (EMS_Q43), 44 (EMS_Q44), 45 (EMS_Q45), 46 (EMS_Q46), 47 (EMS_Q47), e 48 (EMS_Q48). Um promotor heterólogo também pode ser ligado de maneira operacional a sequências codificantes de DNA sintético que codificam uma proteína inseticida quimérica truncada direcionada a plastídeo e proteína inseticida quimérica truncada não direcionada. Contempla-se que os códons de uma molécula de ácidos nucleicos recombinantes que codifica uma proteína inseticida quimérica divulgada neste documento pode ser substituída por códons sinônimos (conhecidos na técnica como uma substituição silenciosa). Métodos de otimização de códons para expressão de genes em células hospedeiras de espécies de interesse, incluindo bactérias e plantas, tal como dicotiledôneas e monocotiledôneas são conhecidas no estado da técnica. O técnico no assunto saberá, por exemplo utilizar o software Optimizer (http://genomes.urv.es/OPTIMIZER/Form.php) (Puigbo P., Guzmen E. Romeu A. and Garcia-Vallve S. 2007 OPTIMIZER: A web server for optimizing the codon usage of DNA sequences. Nucleic Acids Research, 35:W126-W131), selecionando parâmetros para a célula hospedeira de interesse. [00184] Uma molécula de DNA recombinante, construção ou cassete de expressão que codifica uma proteína inseticida quimérica truncada pode compreender ainda uma região de DNA que codifica um ou mais agentes tóxicos que podem ser configurados para expressar concomitantemente ou coexpressar uma sequência de DNA que codifica uma proteína inseticida quimérica, uma proteína diferente de uma proteína inseticida quimérica, uma molécula de dsRNA inibidora de insetos ou uma proteína complementar. Proteínas complementares incluem, sem limitação, cofatores, enzimas, parceiros de ligação ou outros agentes que funcionam para ajudar na eficácia de um agente inibidor de insetos, por exemplo, para ajudar em sua expressão, influenciando sua estabilidade em plantas, otimizando energia livre para oligomerização, aumentando sua toxicidade e aumentando seu espectro de atividade. Uma proteína complementar pode facilitar a absorção de um ou mais agentes inibidores de insetos, por exemplo, ou potencializar os efeitos tóxicos do agente tóxico. [00185] Uma molécula de DNA recombinante, construção ou cassete de expressão pode ser montado de modo que todas as proteínas ou moléculas de dsRNA sejam expressas de um mesmo promotor ou cada proteína ou molécula de dsRNA está sob o controle de promotor separado ou alguma combinação deles. As proteínas desta invenção podem ser expressas de um sistema de expressão de múltiplos genes em que uma proteína inseticida quimérica é expressa de um segmento de nucleotídeos comum, que também contém outros quadros de leitura abertos e promotores, dependendo do tipo de sistema de expressão selecionado. Em outro exemplo, um sistema de expressão de múltiplos genes de plantas pode utilizar cassetes de expressão não ligados de maneira múltipla, cada um expressando uma proteína diferente ou outro agente tóxico, tal como uma ou mais moléculas de dsRNA. [00186] As moléculas de ácido nucleico recombinantes ou as construções de DNA recombinante compreendendo uma sequência que codifica proteína inseticida quimérica pode ser administrada a células hospedeiras por vetores, por exemplo, plasmídeo, baculovírus, cromossoma sintético, vírion, cosmídeo, fagomídeo, fago ou vetor viral. Tais vetores podem ser usados para alcançar a expressão estável ou transiente de uma sequência codificadora de proteína inseticida quimérica numa célula hospedeira, ou expressão subsequente do polipeptídeo codificado. Um polinucleotídeo recombinante exógeno ou construção de DNA recombinante que compreende uma sequência de codificação de sequência proteica inseticida quimérica e que é introduzido numa célula hospedeira também é referido, neste documento, como um “transgene”. [00187] Bactérias transgênicas, células vegetais transgênicas, plantas transgênicas e partes de plantas transgênicas que contêm um polinucleotídeo que codifica qualquer uma ou mais das proteínas inseticidas quiméricas são fornecidas neste documento. O termo “célula bacteriana” ou “bactéria” pode incluir, sem limitação, uma célula de Agrobacterium, Bacillus, Escherichia, Salmonella, Pseudomonas ou Rhizobium. O termo “célula vegetal” ou “planta” pode incluir, sem limitação, uma célula dicotiledônea ou uma célula monocotiledônea. Plantas e células vegetais contempladas incluem, sem limitação, acelga, agrião, alface, alfafa, algodão, almeirão, alstroemeria, amendoim, arroz, aveia, batata, boca de leão, braquiária, brócolis, café, cana-de-açúcar, capim, cenoura, centeio, cevada, chicória, coco, couve, couve-flor, crisântemo, espatifilo, espinafre, estévia, feijão, fumo, gérbera, gipsofila, lisianthus, mamona, mandioca, maracujá, milheto, milho, mostarda, pastagens, pimenta, pimentão, repolho, rosa, rúcula, seringueira, soja, sorgo, tomate, trigo, triticale, frutas e hortaliças. Em certas modalidades, as plantas transgênicas e partes de plantas transgênicas regeneradas de uma célula vegetal transgênica são fornecidas. Em certas modalidades, as plantas transgênicas podem ser obtidas a partir de uma semente transgênica ou muda de uma planta transgênica. Em certas modalidades, a parte da planta pode ser uma semente, uma cápsula, uma folha, uma flor, um caule, uma raiz, ou qualquer porção dela, ou uma porção não regenerável, de uma parte da planta transgênica. No contexto do presente documento, uma porção “não regenerável” de uma parte de planta transgênica é uma porção que não pode ser induzida a formar uma planta inteira ou que não pode ser induzida a formar uma planta inteira capaz de reprodução sexual ou assexual. Em certas modalidades, uma porção não regenerável de uma parte de planta é uma porção de um uma semente, de uma cápsula, de uma folha, flor, de um caule ou de uma raiz transgênica. [00188] O presente documento fornece ainda métodos de produção de plantas transgênicas que compreendem quantidades inibidoras de lepidópteros de proteínas inseticidas quiméricas truncadas. Tais plantas podem ser produzidas através da introdução de um polinucleotídeo que codifica as proteínas inseticidas quiméricas fornecidas neste pedido numa célula vegetal, e da seleção de uma planta derivada da referida célula vegetal que expressa uma quantidade inibidora de inseto ou lepidópteros da proteína inseticida quimérica. Plantas podem ser derivadas a partir de células de plantas por regeneração, sementes, pólen ou técnicas de transformação de meristema. Os métodos para a transformação de plantas são conhecidos na técnica. Por exemplo, a transformação mediada por Agrobacterium é descrita, por exemplo, nos documentos US 8,404,930 (milho), US 2009/0142837 (milho), WO2011095460, US 2009/0138985 (soja), US 2008/0280361 (soja), WO2000071733 (algodão) e US 2008/0256667 (algodão). [00189] As plantas que expressam as proteínas inseticidas quiméricas podem ser cruzadas por meio da reprodução com eventos transgênicos expressando outras proteínas inseticidas e/ou expressando outros traços transgênicos tais como outros traços de controle de insetos, genes de tolerância a herbicidas, genes que conferem características de rendimento ou tolerância ao estresse e similares, ou tais traços podem ser combinados num único vetor para que os traços sejam todos ligados. [00190] Os produtos vegetais processados, em que o produto processado compreende uma quantidade detectável de uma proteína inseticida quimérica truncada são também revelados neste pedido. Em certas modalidades, o produto processado é selecionado do grupo que consiste em partes de planta, biomassa vegetal, óleo, farinha, açúcar, alimentos para animais, farelo, flocos, cascas, sementes processadas e sementes. Em certas modalidades, o produto processado é não regenerável. O produto vegetal pode compreender mercadorias ou outros produtos de bens de consumo derivados de uma planta transgênica ou de uma parte de planta transgênica, em que o produto de bens de consumo ou outros produtos podem ser rastreados através do comércio através da detecção de segmentos de nucleotídeos ou RNA ou proteínas expressas que codificam ou compreendem porções distintivas de uma proteína inseticida quimérica. [00191] Os métodos de controle de insetos, em particular, infestações de lepidópteros de plantações, com as proteínas inseticidas quiméricas são também reveladas neste pedido. Tais métodos podem compreender o cultivo de uma planta compreendendo uma quantidade inibidora de inseto da proteína inseticida quimérica. Em certas modalidades, tais métodos podem ainda compreender qualquer um ou mais dentre: (i) aplicar qualquer composição compreendendo ou codificando uma proteína inseticida quimérica a uma planta ou uma semente que dê origem a uma planta; e (ii) transformar uma planta ou uma célula vegetal que dá origem a uma planta com um polinucleotídeo que codifica uma proteína inseticida quimérica. Em geral, é contemplado que a proteína inseticida quimérica pode ser fornecida numa composição, fornecida num micro-organismo ou fornecida numa planta transgênica para conferir atividade inibidora de insetos contra insetos lepidópteros. [00192] Em certas modalidades, a proteína inseticida quimérica é o ingrediente ativo como inseticida de uma composição inibidora de inseto preparada por cultivo de Bacillus recombinante ou qualquer outra célula bacteriana recombinante transformada para expressar uma proteína inseticida quimérica truncada sob condições adequadas para a expressão. Tal composição pode ser preparada por dessecação, liofilização, homogeneização, extração, filtração, centrifugação, sedimentação ou concentração de uma cultura de tais células recombinantes que expressam/produzem a proteína inseticida quimérica. Tal processo pode resultar num extrato de célula de Bacillus ou outro extrato de célula bacteriana entomopatogênica, suspensão celular, homogeinato celular, lisado celular, sobrenadante celular, filtrado celular ou sedimento celular. Através da obtenção da proteína inseticida quimérica tal como produzida, uma composição que inclui a proteína inseticida quimérica pode incluir células bacterianas, esporos bacterianos e corpos de inclusão parasporais e pode ser formulada para várias utilizações, incluindo como produtos de pulverização inibidores de insetos agrícolas ou como formulações inibidoras de insetos em bioensaios na dieta. [00193] A composição ou formulação mencionada acima pode compreender ainda um veículo aceitável em agricultura, tal como uma isca, um pó, poeira, pélete, grânulo, pulverização, emulsão, uma suspensão coloidal, uma solução aquosa, uma preparação de esporo ou cristal de Bacillus ou um tratamento de sementes. A composição ou formulação também pode compreender ainda uma célula vegetal recombinante, tecido vegetal, sementes ou planta transformada para expressar uma ou mais das proteínas; ou bactéria transformada para expressar uma ou mais das proteínas. Dependendo do nível de inibição inseticida ou inibição de insetos inerente ao polipeptídeo recombinante e do nível de composto ou formulação a ser aplicada a uma planta ou ensaio de dieta, a composição ou formulação pode incluir várias quantidades em peso do polipeptídeo recombinante, por exemplo de 0,0001 % a 0,001 % a 0,01 % a 1 % a 99 % em peso do polipeptídeo recombinante. [00194] Numa modalidade, a fim de reduzir a probabilidade de desenvolvimento de resistência, uma composição inibidora de inseto ou planta transgênica compreendendo uma proteína inseticida quimérica pode compreender ainda pelo menos um agente tóxico adicional que exibe atividade inibidora de inseto contra a mesma espécie de inseto Lepidóptero, mas que é diferente da proteína inseticida quimérica. Possíveis agentes tóxicos adicionais para tal composição incluem uma proteína inibidora de insetos e uma molécula de dsRNA inibidora de inseto. Um exemplo para uso de tais sequências de ribonucleotídeos para controlar as pragas de insetos é descrito em US 2006/0021087. Tal polipeptídeo(s) adicional(ais) para o controle de pragas de lepidópteros pode ser selecionado do grupo que consiste numa proteína inibidora de insetos, tais como, sem limitação, Cry1A (US 5,880,275), Cry1Ab, Cry1Ac, Cry1A.105, Cry1Ae, Cry1B (US 10/525,318), Cry1C (US 6,033,874), quimeras Cry1D, Cry1E, Cry1F e Cry1A/F (US 7,070,982; US 6,962,705; e US 6,713,063), Cry1G, Cry1H, Cry1I, Cry1J, Cry1K, Cry1L, Cry2A, Cry2Ab (US 7,064,249), Cry2Ae, Cry4B, Cry6, Cry7, Cry8, Cry9, Cry15, Cry43A, Cry43B, Cry51Aa1, ET66, TIC400, TIC800, TIC834, TIC1415, Vip3A, VIP3Ab, VIP3B, AXMI-001, AXMI- 002, AXMI-030, AXMI-035, e AXMI-045 (US 2013/0117884), AXMI-52, AXMI-58, AXMI-88, AXMI-97, AXMI-102, AXMI-112, AXMI-117, AXMI- 100 (US 2013/0310543), AXMI-115, AXMI-113, AXMI-005 (US 2013/0104259), AXMI-134 (US 2013/0167264), AXMI-150 (US2010/0160231), AXMI-184 (US 2010/0004176), AXMI-196, AXMI- 204, AXMI-207, AXMI-209 (US 2011/0030096), AXMI-218, AXMI-220 (US 2014/0245491), AXMI-221z, AXMI-222z, AXMI-223z, AXMI-224z, AXMI-225z (US 2014/0196175), AXMI-238 (US 2014/0033363), AXMI- 270 (US 2014/0223598), AXMI-345 (US 2014/0373195), DIG-3 (US 2013/0219570), DIG-5 (US 2010/0317569), DIG-11 (US 2010/0319093), AfIP-1A e derivados dos mesmos (US 2014/0033361), AfIP-1B e derivados dos mesmos (US 2014/0033361), PIP-1APIP-1B (US 2014/0007292), PSEEN3174 (US 2014/0007292), AECFG-592740 (US 2014/0007292), Pput_1063 (US 2014/0007292), Pput_1064 (US 2014/0007292), GS-135 e derivados dos mesmos (US 2012/0233726), GS153 e derivados dos mesmos (US 2012/0192310), GS154 e derivados dos mesmos (US 2012/0192310), GS155 e derivados dos mesmos (US 2012/0192310), SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2012/0167259, SEQ ID NO:2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2012/0047606, SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2011/0154536, SEQ ID NO:2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2011/0112013, SEQ ID NO: 2 e 4 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2010/0192256, SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2010/0077507, SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2010/0077508, SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2009/0313721, SEQ ID NO: 2 ou 4 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 2010/0269221, SEQ ID NO:2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 7,772,465, CF161_0085 e derivados dos mesmos conforme descrito no documento WO2014/008054, proteínas tóxicas Lepidóptera e derivados dos mesmos conforme descrito no documento US 2008/0172762, US 2011/0055968, e US 2012/0117690; SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no documento US 7,510,878, SEQ ID NO: 2 e derivados dos mesmos conforme descrito no US 7,812,129; TIC1100, TIC860, TIC867, TIC868, TIC869, TIC836, TIC713, TIC843, TIC862, TIC1099, TIC1103, TIC845, TIC846, TIC858, TIC866, TIC838, TIC841, TIC842, TIC850, TIC859, TIC861, TIC848, TIC849, e TIC847 conforme descrito no documento WO2016/061391 e semelhantes. [00195] Em outras modalidades, uma composição inibidora de inseto ou uma planta transgênica pode ainda compreender pelo menos um agente tóxico adicional que exiba atividade inibidora de inseto a uma praga de inseto que não é inibida pelas proteínas inseticidas quiméricas da presente invenção (tais como pragas de coleópteros, hemípteros e homópteros), a fim de expandir o espectro de inibição de insetos obtido. [00196] Tal agente tóxico adicional para o controle de pragas de coleópteros pode ser selecionado do grupo consistindo numa proteína inibidora de inseto, tal como, sem limitação, Cry3Bb (US 6,501,009), variantes Cry1C, variantes Cry3A, Cry3, Cry3B, Cry34/35, 5307, AXMI- 134 (US 2013/0167264), AXMI-184 (US 2010/0004176), AXMI-205 (US 2014/0298538), AXMI207 (US 2013/0303440), AXMI-218, AXMI-220 (US 2014/0245491), AXMI-221z, AXMI-223z (US 2014-0196175), AXMI-279 (US 2014/0223599), AXMI-R1 e variantes das mesmas (US 2010/0197592, TIC407, TIC417, TIC431, TIC807, TIC853, TIC901, TIC1201, TIC3131, DIG-10 (US 2010/0319092), eHIPs (US 2010/0017914), IP3 e variantes das mesmas (US 2012/0210462), e ^- Hexatoxina-Hv1a (US 2014/0366227). [00197] Tal agente tóxico adicional para o controle de pragas de hemípteros pode ser selecionado do grupo que consiste em proteínas ativas para hemípteros, tais como, sem limitação, TIC1415 (US 2013/0097735), TIC807 (US 8,609,936), TIC834 (US 2013/0269060), AXMI-036 (US 2010/0137216) e AXMI-171 (US 2013/0055469). Polipeptídeos adicionais para o controle de insetos coleópteros, lepidópteros e hemípteros podem ser encontrados nas páginas da web de nomenclatura de toxina de Bacillus thuringiensis (http://www.lifesci.sussex.ac.uk/home/Neil_Crickmore/Bt/ e https://www.bpprc.org/). [00198] As sequências de codificação de proteína inseticida quimérica e as sequências que têm uma percentagem substancial de identidade com as proteínas inseticidas quiméricas podem ser identificadas usando métodos conhecidos pelos versados na técnica tais como reação em cadeia da polimerase (PCR), amplificação térmica e hibridização. Por exemplo, as proteínas inseticidas quiméricas podem ser usadas para produzir anticorpos que se ligam especificamente a proteínas relacionadas e podem ser usadas para pesquisar e encontrar outras proteínas que estão intimamente relacionadas. [00199] Além disso, as sequências de nucleotídeos que codificam as proteínas inseticidas quiméricas podem ser usadas como sondas e iniciadores para triagem para identificar outros membros da classe usando métodos de hibridização e amplificação isotérmica ou de ciclos térmicos. Por exemplo, podem ser usados oligonucleotídeos derivados de sequências de qualquer uma de SEQ ID NO: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96 para determinar a presença ou ausência de um transgene inseticida quimérico numa amostra de ácido desoxirribonucleico derivada de um produto de bens de consumo. Dada a sensibilidade de certos métodos de detecção de ácido nucleico que empregam oligonucleotídeos, prevê-se que os oligonucleotídeos derivados de sequências como apresentado em qualquer uma das SEQ ID NO: 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95 ou 96 podem ser usados para detectar um ácido nucleico que codifica uma proteína inseticida quimérica truncada em produtos vegetais de uma planta transgênica. EXEMPLOS [00200] Considerando o disposto acima, o técnico no assunto entenderá que as seguintes modalidades descritas são meramente representativas da invenção, que pode ser concretizada de várias formas. Assim, detalhes estruturais e funcionais específicos divulgados neste documento não devem ser interpretados como limitadores. EXEMPLO 1 CRIAÇÃO DE SEQUÊNCIAS DE CODIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS INSETICIDAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS ATIVAS CONTRA LEPIDÓPTEROS [00201] Este Exemplo ilustra a criação das proteínas inseticidas quiméricas truncadas. [00202] As sequências de ácidos nucleicos recombinantes foram construídas a partir de genes Cry obtidos a partir do sequenciamento de cepas de Bacillus thuringiensis. Inicialmente foram removidos os domínios protoxina C-terminal de cada proteína Cry, gerando as proteínas Cry parentais truncadas Cry1C (SEQ ID NO: 97), Cry1B (SEQ ID NO: 101), Cry1Ab (SEQ ID NO: 105), Cry1E (SEQ ID NO: 110), Cry1Da (SEQ ID NO: 114), Cry1Fb (SEQ ID NO: 118) e Cry2Aa (SEQ ID NO: 122). Em seguida foram identificados os domínios I, II e III através de alinhamentos das sequencias proteicas com bases de dados de domínios proteicos (Pfam ou NCBI-BlastP). A Tabela 1 detalha as identificações de cada proteína Cry truncada e seus respectivos domínios. As proteínas quiméricas truncadas foram montadas através da combinação de domínios conforme ilustrado na Tabela 2. As sequencias polinucleotídicas resultantes foram sintetizadas com otimização de códons para expressão em Escherichia coli e clonadas em vetor plasmidial de expressão e transformadas em E. coli. Preparações das proteínas expressas em E. coli foram utilizadas em bioensaios contra lagartas diversas pragas lepidópteras para verificação de atividade inseticida e inibição de crescimento. TABELA 1. PROTEÍNAS PESTICIDAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS E SEUS COMPONENTES. _ _

__ TABELA 2. PROTEÍNAS PESTICIDAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS E SEUS COMPONENTES. EXEMPLO 2 TESTE PARA ATIVIDADE DAS PROTEÍNAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS CONTRA S. FRUGIPERDA [00203] Este exemplo ilustra o teste das proteínas quiméricas truncadas descritas no Exemplo 1 para atividade inseticida contra S. frugiperda. [00204] As sequências polinucleotídicas que codificam as proteínas quiméricas truncadas foram expressas em E. coli e utilizadas em bioensaios com lagartas neonatas de S. frugiperda. A atividade foi determinada a partir da avaliação de escores de mortalidade ou inibição de crescimento larval no período de 5 a 7 dias de alimentação em dieta artificial contendo o preparado de proteína quimérica recombinante. A Tabela 3 ilustra os resultados de atividade inseticida de cada proteína quimérica contra S. frugiperda. A atividade inseticida é representada pelos sinais de “ ”. O sinal “-” indica que não foi observada atividade inseticida e NT significa que a proteína não foi testada. Como controles negativos foram utilizados água destilada e E. coli contendo o vetor de expressão vazio. A mortalidade dos controles ficou abaixo de 15%. TABELA 3 ATIVIDADE INSETICIDA (MORTALIDADE OU INIBIÇÃO DE CRESCIMENTO) DAS PROTEÍNAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS CONTRA S. FRUGIPERDA A PARTIR DE EXPRESSÃO EM E. COLI. _

SÍNTESE DE GENES QUE CODIFICAM PROTEÍNAS INSETICIDAS QUIMÉRICAS TRUNCADAS PARA A EXPRESSÃO EM PLANTAS [00205] Este Exemplo ilustra a síntese de polinucleotídeos que codificam as proteínas inseticidas quiméricas para expressão em plantas. [00206] A modificação de códons dos genes foi feita com o auxílio do software Optimizer (http://genomes.urv.es/OPTIMIZER/Form.php) (Puigbo P., Guzmen E. Romeu A. and Garcia-Vallve S. 2007 OPTIMIZER: A web server for optimizing the codon usage of DNA sequences. Nucleic Acids Research, 35:W126-W131), visando códons mais compatíveis com milho (Zea mays), e as sequências foram enviadas digitalmente para síntese comercial. O gene otimizado foi sintetizado no plasmídeo pBS e clonado no vetor binário p7i2x-UibZm (https://dna-cloning.com/binaries/). As sequências sintetizadas foram confirmadas por sequenciamento, de acordo com técnicas padrão. TABELA 4. SEQUÊNCIAS POLINUCLEOTÍDICAS CODIFICADORAS DAS NOVAS PROTEÍNAS QUIMÉRICAS PARA EXPRESSÃO EM PLANTAS. ID da proteína SEQ ID NO: da quimera SEQ ID NO: do DNA EMS_Q1 SEQ ID NO: 1 SEQ ID NO: 49 EMS_Q2 SEQ ID NO: 2 SEQ ID NO: 50 EMS_Q3 SEQ ID NO: 3 SEQ ID NO: 51 EMS_Q4 SEQ ID NO: 4 SEQ ID NO: 52 EMS_Q5 SEQ ID NO: 5 SEQ ID NO: 53 EMS_Q6 SEQ ID NO: 6 SEQ ID NO: 54 EMS_Q7 SEQ ID NO: 7 SEQ ID NO: 55 EMS_Q8 SEQ ID NO: 8 SEQ ID NO: 56 EMS_Q9 SEQ ID NO: 9 SEQ ID NO: 57 EMS_Q10 SEQ ID NO: 10 SEQ ID NO: 58 EMS_Q11 SEQ ID NO: 11 SEQ ID NO: 59 EMS_Q12 SEQ ID NO: 12 SEQ ID NO: 60 EMS_Q13 SEQ ID NO: 13 SEQ ID NO: 61 EMS_Q14 SEQ ID NO: 14 SEQ ID NO: 62 EMS_Q15 SEQ ID NO: 15 SEQ ID NO: 63 EMS_Q16 SEQ ID NO: 16 SEQ ID NO: 64 EMS_Q17 SEQ ID NO: 17 SEQ ID NO: 65 EMS_Q18 SEQ ID NO: 18 SEQ ID NO: 66 EMS_Q19 SEQ ID NO: 19 SEQ ID NO: 67 EMS_Q20 SEQ ID NO: 20 SEQ ID NO: 68 EMS_Q21 SEQ ID NO: 21 SEQ ID NO: 69

_ EXEMPLO 4. CASSETES DE EXPRESSÃO PARA A EXPRESSÃO DE PROTEÍNAS INSETICIDAS QUIMÉRICAS EM PLANTAS [00207] Este exemplo ilustra a construção de cassetes de expressão compreendendo sequências de polinucleotídeo para uso em plantas que codificam proteínas inseticidas quiméricas truncadas. [00208] Uma variedade de cassetes de expressão em planta foi construída com as sequências polinucleotídicas listadas na Tabela 4. Os genes otimizados foram inseridos no vetor binário p7i2x-UibZm (https://dna-cloning.com/binaries/) contendo o promotor do gene da ubiquitina de milho (ubi) e o terminador do gene da nopalina sintase (nos), gerando uma série de plasmídeos projetados de maneira a permitir que a proteína seja traduzida e permaneça no citosol da planta. Os plasmídeos resultantes contendo os genes codificantes das proteínas quiméricas foram utilizados para transformação de bactéria Agrobacterium tumefaciens EHA101 via eletroporação (BioRad/MicroPulser). As bactérias transformadas, contendo os cassetes de expressão, foram utilizadas na transformação genética de milho. EXEMPLO 5 ATIVIDADE DE LEPIDÓPTEROS DAS PROTEÍNAS INSETICIDAS QUIMÉRICAS EM MILHO ESTAVELMENTE TRANSFORMADO [00209] Este exemplo ilustra o teste das novas proteínas quiméricas descritas no Exemplo 1, expressas em milho, para atividade inseticida contra pragas lepidópteras em planta. [00210] A partir dos vetores de transformação construídos e descritos no Exemplo 4, foi selecionado aquele contendo a sequência polinucleotídica SEQ ID NO: 54 para transformação da variedade de milho HiII (Armstrong CL, Grenn CE, Phillips RL (1991). Development and availability of germplasm with high type II culture formation response. Maize Genet. Coop. Newsl. 65:92-93). O protocolo de transformação foi aquele descrito por Frame et al. Agrobacterium tumefaciens-mediated transformation of maize embryos using a standard binary vector system. Plant Physiol. 2002 May;129(1):13-22, com pequenas modificações. Brevemente, para a transformação deste genótipo, foram coletados embriões imaturos entre 1,8 – 2,0 mm de comprimento (10 -12 dias após a polinização). Espigas utilizadas para a coleta dos embriões foram mergulhadas em uma solução de 1:1 de água sanitária comercial (2,5% hipoclorito de sódio) e água destilada com 1-2 gotas de Tween 20, por 20 minutos. Em seguida, foram enxaguadas com água destilada estéril por 5 minutos, duas vezes. [00211] Os embriões imaturos foram coletados com o auxílio de uma espátula a partir de um corte superficial dos grãos. Para a transferência da construção gênica para o milho utilizou-se Agrobacterium tumefaciens EHA101. A partir de uma cultura estoque da A. tumefaciens contendo a construção gênica de interesse, mantida em glicerol a -80 °C, uma estria foi feita em meio YEP (5 g.L -1 de extrato de levedura; 10 g.L -1 de peptona; 5 g.L -1 de NaCl; 15 g.L -1 de bacto ágar) contendo os antibióticos necessários (espectinomicina 100 mg.L-1 e 50 mg.L -1 canamicina) e a placa foi incubada por 2 a 3 dias a 28 °C placa mãe). [00212] Para a transformação genética, foi feita uma estria da Agrobacterium em meio YEP contendo os antibióticos necessários, utilizando uma colônia isolada da placa mãe. A placa foi incubada por 2 a 5 dias a 19 °C. Em seguida, a Agrobacterium foi ressuspendida em meio de infecção (4,0 g.L -1 de N6 sais; 68,4 g.L -1 de sacarose; 36,0 g.L- 1 de glicose; 0,7 g.L -1 de prolina; 1,5 mg.L-1 de 2,4-D; 1,0 mL.L -1 N6 vitaminas (1000X = 1,0 g.L -1 de tiamina HCl; 0,5 g.L -1 de piridoxina HCl; 0,5 g.L -1 ácido nicotínico); pH 5,2) suplementado com 100 μM de acetoseringona até atingir uma OD550 = 0,3-0,4 e, incubada em agitador a cerca de 150 rpm, 23 °C por 2 horas. [00213] Para a infecção dos embriões imaturos de milho, 50 a 100 embriões foram coletados em 1 mL de meio de infecção acrescido de acetoseringona. Após a coleta, os embriões foram enxaguados duas vezes, 1 mL da cultura bacteriana foi adicionado e a suspensão incubada por cinco minutos a 23 °C. Após a infecção, os embriões foram transferidos para a superfície de meio de co-cultivo (4,0 g.L -1 de N6 sais; 1,5 mg.L -1 de 2,4-D; 30,0 g.L -1 de sacarose; 0,7 g.L-1 de prolina; 1,0 mL.L -1 N6 vitaminas (1000X); 0,85 mg.L -1 de AgNO3; 100 μM de acetoseringona; 300 mg.L -1 de L-cisteína; 3,0 g.L -1 de phytagel; pH 5,8) com o escutelo voltado para cima. As placas foram incubadas no escuro a 20°C por 3 a 5 dias. Após o co-cultivo os embriões foram transferidos para o meio de repouso (4,0 g.L-1 de N6 sais; 1,5 mg.L -1 de 2,4-D; 30,0 g.L -1 de sacarose; 0,5 g.L -1 de MES; 0,7 g.L -1 de prolina; 1,0 mL.L-1 N6 vitaminas (1000X); 0,85 mg.L -1 de AgNO3; 100 mg.L -1 de Tioxin; 3,0 g.L- 1 de phytagel; pH 5,8) a 28 °C (escuro) por 7 a 15 dias. Em seguida, os embriões foram transferidos para o meio de seleção (4,0 g.L -1 de N6 sais; 1,5 mg.L -1 de 2,4-D; 30,0 g.L -1 de sacarose; 0,5 g.L -1 de MES; 0,7 g.L-1 de prolina; 1,0 mL.L -1 N6 vitaminas (1000X); 0,85 mg.L -1 de AgNO3; 100 mg.L -1 de Tioxin; 1,5 e 3,0 mg/L de bialaphos; 3,0 g.L -1 de phytagel; pH 5,8) (25 embriões/placa). Sub-cultivos destes embriões em meio seletivo são realizados a cada 15 dias até a seleção de calos crescendo vigorosamente. [00214] Calos selecionados foram transferidos para meio de regeneração (4,62 g.L -1 de MS sais; 60,0 g.L -1 de sacarose; 100 mg.L -1 de mio-inositol; 1,0 mL.L -1 de MS vitaminas (1000X); 1,5 mg/L de bialaphos; 4,0 g.L-1 de phytagel; pH 5,8) e incubados a 26 ± 2 °C (escuro) por 15 a 21 dias. Calos prontos para a germinação, possuindo aspecto seco e coloração branca opaca, foram transferidos para o meio de germinação (4,62 g.L-1 de MS sais; 30,0 g.L -1 de sacarose; 100 mg.L- 1 de mio-inositol; 1,0 mL.L -1 de MS vitaminas (1000X = 0,5 g.L -1 de tiamina HCl; 0,5 g.L -1 de piridoxina HCl; 0,05 g.L -1 ácido nicotínico); 3,0 g.L -1 de phytagel; pH 5,8) (12 calos por placa), 25 °C, 80-100 μE/m2/sec de intensidade luminosa, 16 horas de fotoperíodo). Plântulas com folhas e raízes foram transferidas para a casa-de-vegetação dentro de 14 a 20 dias. [00215] Quando as raízes estiveram bem desenvolvidas e as estruturas foliares mediram cerca de 5 cm de comprimento, as plântulas foram transplantadas para vasos em casa de vegetação contendo uma mistura de solo e matéria orgânica (2/3 de solo e 1/3 de matéria orgânica (TDP 30/15) produzida comercialmente. [00216] Plantas de milho geneticamente modificadas contendo o gene codificante da proteína quimérica (SEQ ID NO: 6) foram utilizadas para ensaios de infestação em campo e em casa de vegetação, assim como bioensaios de alimentação de lagartas com folhas destacadas. [00217] No ensaio de casa de vegetação, foram plantados 44 vasos contendo eventos de milho contendo a sequência codificadora da proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6). O milho não transgênico L3 foi adicionado como controle negativo (C-) e um milho transgênico comercial pera resistência a S. frugiperda foi adicionado como controle positivo (C+). O ensaio foi infestado artificialmente com lagartas neonatas de S. frugiperda no estágio V4-V6 de desenvolvimento do milho e as plantas foram avaliadas por notas de injúria em 13 dias após infestação na escala Davis (Davis, et. al.1992), onde nota 0 representa nenhum dano visível e nota 9 representa a planta completamente destruída). A Figura 1 ilustra o resultado das notas de injúria, em que uma série de eventos expressando a proteína quimérica EMS_Q6 apresentaram nota de injúria 0, assim como os vasos do controle positivo comercial, enquanto os controles negativos apresentaram notas de injúria de 8 a 9. [00218] No ensaio de campo, foram plantados 22 eventos (Ev1 a Ev22) de milho contendo a sequência codificadora da proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6), dois controles positivos (milhos transgênicos comerciais resistentes a S. frugiperda) e dois controles negativos (milhos não transgênicos). O ensaio foi infestado artificialmente com lagartas neonatas de S. frugiperda no estágio V4-V6 de desenvolvimento do milho e as plantas foram avaliadas por notas de injúria em 7, 14 e 21 dias após infestação na escala Davis (Davis, F. M.; NG, S.; Williams, W. P.1992. Visual rating scales for screening whole- stage corn resistance to fall armyworm. Mississippi: Mississippi State University, Technical Bulletin, v. 186. 9p), onde nota 0 representa nenhum dano visível e nota 9 representa a planta completamente destruída). A Figura 2 ilustra o resultado das notas de injúria representado pela média aritmética entre as 3 avaliações. Nota-se grande parte dos eventos transgênicos contendo a proteína EMS_Q6 obteve notas médias inferiores aos controles negativos e alguns deles obtiveram notas menores do que os produtos transgênicos comerciais avaliados. A Figura 3 ilustra uma foto representativa do dano causado por S. frugiperda em uma planta controle, comparado a uma planta transgênica expressando a proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6). Nota-se que a planta de milho transgênica não apresenta danos, enquanto a planta de milho convencional apresenta evidentes danos foliares causados pelo ataque de S. frugiperda. [00219] Também foi realizado um bioensaio em laboratório com infestação de folhas destacadas de um dos eventos de milho contendo a sequência codificadora da proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6) e um controle de milho não transgênico. Para realização deste ensaio foram utilizadas folhas íntegras com aproximadamente 15 cm de comprimento, de um dos eventos contendo a proteína quimérica EMS_Q6 (SEQ ID NO: 6) e um controle negativo (C-), plantados em casa de vegetação. As folhas foram individualmente enroladas e colocadas em copos de plástico transparente de 50 ml. Sobre cada folha foram colocadas 15 lagartas neonatas de S. frugiperda e os copos foram acondicionadas em câmara climatizada com temperatura constante de 25°C, umidade 70% e fotoperíodo de 16 horas de luz e 8 horas de escuro. Após 5 dias, foi realizada avaliação de número de lagartas vivas presentes em cada copo. A Figura 4 ilustra o resultado do bioensaio. Nota-se que na folha de milho expressando a proteína EMS_Q6 ocorreu total mortalidade das lagartas e ausência de danos em folha. No milho controle houve danos evidentes por alimentação e a presença de lagartas vivas e bem desenvolvidas. [00220] Todas as composições divulgadas e aqui reivindicadas no presente documento podem ser feitas e executadas sem experimentação indevida à luz da presente divulgação. Embora as composições desta invenção tenham sido descritas em termos das modalidades ilustrativas precedentes, será evidente para os versados na técnica que podem ser aplicadas variações, mudanças, modificações e alterações às composições descritos no presente documento sem se afastar do verdadeiro conceito, essência e escopo da divulgação. Mais especificamente, será aparente que determinados agentes que são química e fisiologicamente relacionados podem ser substituídos pelos agentes descritos no presente documento enquanto os mesmos ou resultados semelhantes seriam atingidos. Todos esses substitutos e modificações semelhantes aparentes àqueles técnicos no assunto são considerados como estando dentro da essência, âmbito e conceito da invenção conforme definido pelas reivindicações anexas. [00221] Todas as publicações e documentos de patentes publicados no relatório descritivo são incorporados ao presente documento a título de referência na sua totalidade como se cada publicação ou pedido de patente individual fosse específica ou individualmente indicado para ser incorporado por referência.